quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Citações

Um dos maoires humoristas de todos os tempos sem sombra de dúvida..

"Man does not control his own fate. The women in his life do that for him."

Groucho Marx

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Avanti squadra Palestrina! - Atlético-GO 1 X 1 Palmeiras

Depois de tanto tempo sem uma mínima postagem não é fácil retomar com um tema tão complicado como este...

Estou numa fase da minha vida em que escuto rádio, talvez por um saudosismo de um tempo que não vivi, os anos dourados do rádio brasileiros na década de 20 e 30, pouco antes do aparelhos de televisão conquistarem a imaginação do público que deixou de ouvir para imaginar e passou a ver para imaginar o que as grande corporações de comunicação transmitem.

Além de conhecer muitas emissoras de rádio, algumas desconhecidas até para mim que sempre fui um grande ouvinte de rádios, esse período auditvo tem permitido trabalhar com a minha imaginação para assimilar (pois assimilar é imaginar, eis o grande segredo da educação! Mas isso é para outra postagem) notícias, entrevistas, músicas e também jogos de futebol.

Reconheco que nesse sentidoa imaginação teve um papel fundamental nos últimos 10 jogos do alviverde de Parque Antártica, através do rádio, ouvindo a transmissão de grandes radialistas, entre os meus preferidos Deva Pascovitch, José Silvério e Ulisses Costa imaginei um time muito diferente do que vi no jogo de domingo contra o dragão: o meu time imaginado era muito melhor do que o time visto.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Luiz_Felipe_Scolari.jpeg
Legenda: Luís Felipe Scolari, o Felipão, em 31 de Agosto de 2003, na época técnico da seleção portuguesa de futebol.
Autoria : José Cruz/ABr

Assisti ao jogo pela Sportv e definiria o time do Palmeiras numa única palavra: limitado. Não estou falando nada que outros comentaristas já tenham falado, mas fazendo uma análise simples do jogo, o time paulista fez seu gol como sairam a maior parte dos gols dos últimos 11 gols dos últimos 10 jogos, em bolas paradas cruzadas por Marcos Assunção e escorada do primeiro pau por um dos zagueiros, ou Henrique ou Maurício Ramos. Depois disso novamente limitações, postura defensiva sem velocidade para contra ataques, deixando o jogo em aberto e permitindo assim o empate do adversário.

Essa situação, vantagem palmeirense seguida de retranca que não suportou a pressão adversária, se repetiu nada menos que cinco vezes nos últimos dez jogos contra o Bahia no Canindé (1 X 1), contra o São Paulo no Morumbi (1 X 1), contra o Cruzeiro no Pacaembu (1 x1), contra o Atlético-Pr na Arena da Baixada (2 x 2) e contra o Atlético-GO no Serra Dourada (1 x1). Assim, pergunto se realmente se deve criticar o ataque ou a defesa, mas talvez a estratégia do time.

Não quero dizer com isso que a responsabilidade dos últimos resultados do elenco palestrino seja de Luis Felipe Scolari, atribuir responsabilidades envolve muitas variáveis e portanto seria muito simples responsabilizar apenas uma pessoa. Mas para mim, o técnico, antes intocável, já passa a ser questionado pela pouca versatilidade com que dispõe o time. Não se trata apenar de ser versátil, mas de perceber que algumas estratégias se esgotam pela capacidade limitada dos jogadores e por isso é preciso versatilidade, por exemplo o time de 1999, sempre com a mesma formação mas com jogadores com potencial para criar, dentro da mesma estratégia, jogadas versáteis como Alex e Júnior.



Considero Felipão um dos melhores técnicos do Brasil, mas a relação do treinador com os jogadores, diretoria e torcida está bastante desgastada e talvez, por respeitar a Sociedade Esportiva Palmeiras, melhor seria se desligar do clube.Entendo a posição do treinador que honra seus contratos, assim como entendo a posição da diretoria que não aceita a rescisão do contrato pelos gastos envolvidos, mas alguma grande mudança precisa acontecer em breve, pois de outra maneira jogadores, comissão técnica e diretoria, que são hoje, o clube, enfrentarão o que considero a pior atitude que um torcedor pode ter em relação ao clube: indiferença.

Não gostaria de perder Felipão, mas antes dele não gostaria de perder meu clube de coração. Alguma grande mudança tem que ser feita, alguém tem que .ceder em nome dos torcedores e do clube.

Per favore non me rompere i coglioni...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Batatinha quando nasce..."

Medo da Libertação

Fonte: http://www.museedesenfants.ch/Peintres/Klee/Posters/expo.htm

Se eu me demorar demais olhando Paysage aux Oiseaux Jaunes (Paisagens com Pássaros Amarelos, de Klee), nunca mais poderei voltar atrás. Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante. Assusta a visão talvez irremediável e que talvez seja a da liberdade. O hábito que temos de olhar através das grades da prisão, o conforto que trás segurar com as duas mãos as barras frias de ferro. A covardia nos mata. Pois há aqueles para os quais a prisão é a segurança, as barras um apoio para as mãos. Então reconheço que há poucos homens livres. Olho de novo a paisagem e de novo reconheço que covardia e liberdade estiveram em jogo. A burguesia total cai aos se olhar Paysage aux Oiseaux Jaunes. Minha coragem, inteiramente possível, me amedronta. Começo até a pensar que entre os loucos há os que não são loucos. E que a possibilidade, a que é verdadeiramente, não é pra ser explicada a um burguês quadrado. E à medida que a pessoa quiser explicar se enreda em palavras, poderá perder a coragem, estará perdendo a liberdade. Les Oiseaux Jaunes não pede sequer que o entenda: esse grau é ainda mais liberdade: não ter medo que não ser compreendido. Olhando a extrema beleza dos pássaros amarelos calculo o que seria se eu perdesse totalmente o medo. O conforto da prisão burguesa tantas vezes me bate no rosto. E, antes de aprender a ser livre, eu agüentava – só para não ser livre.

Clarice Lispector em Aprendendo a Viver