domingo, 29 de dezembro de 2013

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

domingo, 22 de dezembro de 2013

Citações

Em homenagem a um dos aniversariantes da semana passada...

We age not by holding on to youth, but by letting ourselves grow and embracing whatever youthful parts remain.

Keith Richards

Imagem da semana

Autoria Marchesini
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/charges/

sábado, 21 de dezembro de 2013

Imagem da semana






Autoria própria

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Carta aberta aos meus futuros ex-alunos - Mad Men e a educação (I)

Quando escrevo que estou vivendo um momento de desagregação na minha vida, acho importante, até como forma de assimilar melhor esse sentimento, escrever...

Revisitando alguns posts de anos atrás, quando ainda estava começando como professor, percebi o quanto minha percepção da educação era mais romântica do que a própria realidade. Não me incomoda parecer ingênuo num determinado momento da vida, acredito realmente que faz parte do amadurecimento sob os quais estamos todos submetidos, além disso, acredito que não se trata de ser se ingênuo, mas de acreditar que a realidade pode ser melhor do que realmente é. Isso chama-se idealismo.

Se pudesse, em uma palavra, definir o que é esse sentimento de desagregação na minha vida profissional diria que é "impotência". E se pudesse, em um seriado, definir esse sentimento diria "Mad Men".

Mad Men no IMDB (clique aqui!)




Eu admito: não sou um desses fanáticos por séries que já tem no currículo "Breaking Bad", "Homeland", "House", "Revange", "Walking Dead", "Dr. Who" (sim, alguns alunos conhecem a série britânica que começou em 1963 e terminou em 1989, tornando-se a maior da história) entre tantas outras que surgiram a partir dos vícios dos anos 90 em "Friends" e "Seinfeld", por isso postei o vídeo das 100 melhores citações da primeira temporada (comecei a segunda essa semana), até porque, me parece que a primeira temporada apresenta as personagens de forma muito concisa e deperta a curiosidade do espectador. Citando, se não me engano, Paul Kinsey interpretado por Michael Gladis: "É impossível não amar Don Draper (interpretado por Jon Hamm)".

Em poucas palavras, a série, que já ganhou quinze Emmys e quatro Globos de Ouro, mostra o desenvolvimento da Sterling Cooper, uma agência de propaganda nos Estados Unidos durante os anos 60, e os profissionais envolvidos na construção do American Way Of  Life estadunidense em plena Guerra Fria.

Contudo, mais do que o sentido histórico (aos interessados pela história acredito que seja mais interessante assistir a "Dr Who", pois trata de cientistas e alienígenas que tem a capacidade de viajar no tempo salvando civilizações, corrigindo os erros da histórias, etc), Mad Men retrata uma realidade extremamente próxima do nosso século XXI, quando a propaganda e o consumo regulam as relações sociais através da manutenção do sistema econômico e político capitalista através da ação nos sentidos mais elementares da ominização.


Ainda que seja quase cruel fazer essa reflexão, Mad Men não é apenas uma série que um professor de história poderia utilizar para discutir as relações entre o consumo e capitalismo na Guerra Fria, mas a própria concepção da educação, afinal, tanta escolas-empresas vendem a educação-negócio, que não seria surpreendente que professores tratassem a educação como produto a ser vendido...

Continua...

Citações

Não permita que aquele que você acredita ser impeça que você seja aquele que você pode vir a ser.

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Autoria Clement Celma
Fonte: http://clementcelma.com/photo/little-planets

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

"Batatinha quando nasce..."

Noturno à janela do apartamento

Silencioso cubo de treva:
um salto, e seria a morte.
Mas é apenas, sob o vento,
a integração na noite.

Nenhum pensamento de infância,
nem saudade nem vão propósito.
Somente a contemplação
de um mundo enorme e parado.

A soma da vida é nula.
Mas a vida tem tal poder:
na escuridão absoluta,
como líquido, circula.

Suicídio, riqueza, ciência...
A alma severa se interroga
e logo se cala. E não sabe
se é noite, mar ou distância.

Triste farol da Ilha Rasa.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"Minha batatinha quando nasce..."

Uma ausência forçada pela dinâmica da minha profissional e particular me levaram a escrever menos, contudo estava refletindo esse final de semana, o último antes da férias de verão, que não se trata escrever menos, mas escrever de outra forma...

Talvez pelo que vem acontecendo novamente na minha vida profissional e particular, uma espécie de desagregação do quase tudo que faço, penso e sinto tem me levado a escrever do forma menos comprometida com a forma e mais com um sentido que existe para além da forma.

Não me agrada pensar que escrevo poesia, me parece um pouco arrogante, prefiro entender que venho escrevendo para além da forma, ou ainda, que procuro um sentido para além das letras articuladas em palavra, palavras articuladas em frase, frases articuladas em período, períodos articulados em...
Venho escrevendo de outra forma procurando sentido através da musicalidade, da rima, das estrofes, das temáticas, enfim... Um novo sentido para um novo momento da vida.

Venho postando alguns desses escritos sob o título de "Minha batatinha quando nasce..." em complemento aos poesias de verdadeiros poetas que eventualmente posta sob o título de "Batatinha quando nasce...".

Para os interessados segue o link de alguns desses escritos que já postei aqui:

http://caixacompedra.blogspot.com.br/2013/11/minha-batatinha-quando-nasce.html
http://caixacompedra.blogspot.com.br/2013/09/citacoes_24.html
http://caixacompedra.blogspot.com.br/2013/11/minha-batatinha-quando-nasce_19.html
http://caixacompedra.blogspot.com.br/2013/12/minha-batatinha-quando-nasce.html
http://caixacompedra.blogspot.com.br/2013/11/minha-batatinha-quando-nasce_27.html

Não pretendo, como vejo alguns escrevendo, agradar a ninguém ou conquistar aprovação para algo. Não quer dizer que estou acima de qualquer crítica, ao contrário, me gera uma enorme curiosidade o que esses escritos despertam nos outros. Contudo, escrevo por um sentido maior da escrita, um sentido quase que ascético intimamente particular, e por isso imagino que talvez não agrade a alguns.

A esses me desculpem.

Mas sinto-me pouco a pouco sondando profundezas de mim mesmo onde nunca estive antes e preciso fazer isso nesse momento... Um dia quase sem querer escrevi o que está abaixo, acho que representa bem esse sentimento...

Identidade literária

poesia?!
prosa.
todo prosa!
prolixo:
- pro lixo

"poesia...

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Autoria Adão
Fonte: http://adao.blog.uol.com.br/

domingo, 15 de dezembro de 2013

"Minha batatinha quando nasce..."

Apólogo 2030

O que é amadurecer
senão a busca por um equilíbrio entre
o embrutecimento que nos é concedido
para continuar vivendo
e a inocência que nos é confiada
para fazer a vida valer a pena?

autoria própria

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Autoria Sasha Vinogradova
Fonte: http://www.behance.net/gallery/Styles-of-russian-folk-painting/11972453

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"Batatinha quando nasce..."

Nada é verdadeiramente belo se pode ser usado para qualquer fim. Tudo o que é útil é feio, porque exprime apenas alguma necessidade do homem. E as necessidades do homem, são medíocres e repulsivas, como o é, também, sua fraca natureza.

Théophile Gautier

Imagem da semana


Autoria André Dahmer
Fonte: http://www.malvados.com.br/

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Imagem da semana





Autoria Chow Hon Lam
Fonte: http://www.flickr.com/photos/65414366@N00/sets/72157636359023846/

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

sábado, 7 de dezembro de 2013

Citações

No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis.

Amyr Klink

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Autoria Daniel Cramer
Fonte: http://sushidekriptonita.blogspot.com.br/

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Imagem da semana

Autoria André Dahmer
Fonte: http://www.malvados.com.br/

"Batatinha quando nasce..."

Cuidado! Até cortar os nossos próprios defeitos pode ser perigoso. Pois nunca se sabe qual é o defeito que sustenta o nosso edifício inteiro.

Clarice Lispector

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Autoria Carlos Rúas
Fonte: http://www.umsabadoqualquer.com/

domingo, 1 de dezembro de 2013

"Batatinha quando nasce..."

Canto ao Homem do Povo - Charles Chaplin

I
Era preciso que um poeta brasileiro,
não dos maiores, porém dos mais expostos à galhofa,
girando um pouco em tua atmosfera ou nela aspirando a viver
como na poética e essencial atmosfera dos sonhos lúcidos,

era preciso que esse pequeno cantor teimoso,
de ritmos elementares, vindo da cidadezinha do interior
onde nem sempre se usa gravatas mas todos são extremamente polidos
e a opressão é detestada, se bem que o heroísmo se banhe em ironia,

era preciso que um antigo rapaz de vinte anos,
preso à tua pantomima por filamentos de ternura e riso dispersos no tempo,
viesse recompô-los e, homem maduro, te visitasse
para dizer-te algumas coisas, sobcolor de poema.

Para dizer-te como os brasileiros te amam
e que nisso, como em tudo mais, nossa gente se parece
com qualquer gente do mundo - inclusive os pequenos judeus
de bengalinha e chapéu-coco, sapatos compridos, olhos melancólicos,

vagabundos que o mundo repeliu, mas zombam e vivem
nos filmes, nas ruas tortas com tabuletas: Fábrica, Barbeiro, Polícia,
e vencem a fome, iludem a brutalidade, prolongam o amor
como um segredo dito no ouvido de um homem do povo caído na rua.

Bem sei que o discurso, acalanto burguês, não te envaidece,
e costumas dormir enquanto os veementes inauguram estátua,
e entre tantas palavras que como carros percorrem as ruas,
só as mais humildes, de xingamento ou beijo, te penetram.

Não é a saudação dos devotos nem dos partidários que te ofereço,
eles não existem, mas a de homens comuns, numa cidade comum,
nem faço muita questão da matéria de meu canto ora em torno de ti
como um ramo de flores absurdas mando por via postal ao inventor dos jardins.

Falam por mim os que estavam sujos de tristeza e feroz desgosto de tudo,
que entraram no cinema com a aflição de ratos fugindo da vida,
são duras horas de anestesia, ouçamos um pouco de música,
visitemos no escuro as imagens - e te descobriram e salvaram-se.

Falam por mim os abandonados da justiça, os simples de coração,
os parias, os falidos, os mutilados, os deficientes, os indecisos, os líricos, os cismarentos,
os irresponsáveis, os pueris, os cariciosos, os loucos e os patéticos.

E falam as flores que tanto amas quando pisadas,
falam os tocos de vela, que comes na extrema penúria, falam a mesa, os botões,
os instrumentos do ofício e as mil coisas aparentemente fechadas,
cada troço, cada objeto do sótão, quanto mais obscuros mais falam.

II
A noite banha tua roupa.

Mal a disfarças no colete mosqueado,
no gelado peitilho de baile,
de um impossível baile sem orquídeas.

És condenado ao negro. Tuas calças
confundem-se com a treva. Teus sapatos
inchados, no escuro do beco,
são cogumelos noturnos. A quase cartola,
sol negro, cobre tudo isto, sem raios.
Assim, noturno cidadão de uma república
enlutada, surges a nossos olhos
pessimistas, que te inspecionam e meditam:
Eis o tenebroso, o viúvo, o inconsolado,
o corvo, o nunca-mais, o chegado muito tarde
a um mundo muito velho.

E a lua pousa
em teu rosto. Branco, de morte caiado,
que sepulcros evoca mas que hastes
submarinas e álgidas e espelhos
e lírios que o tirano decepou, e faces
amortalhadas em farinha. O bigode
negro cresce em ti como um aviso
e logo se interrompe. É negro, curto,
espesso. O rosto branco, de lunar matéria,
face cortada em lençol, risco na parede,
caderno de infância, apenas imagem
entretanto os olhos são profundos e a boca vem de longe,
sozinha, experiente, calada vem a boca
sorrir, aurora, para todos.

E já não sentimos a noite,
e a morte nos evita, e diminuímos
como se ao contato de tua bengala mágica voltássemos
ao país secreto onde dormem os meninos.
Já não é o escritório e mil fichas,
nem a garagem, a universidade, o alarme,
é realmente a rua abolida, lojas repletas,
e vamos contigo arrebentar vidraças,
e vamos jogar o guarda no chão,
e na pessoa humana vamos redescobrir
aquele lugar - cuidado! - que atrai os pontapés: sentenças
de uma justiça não oficial.

III
Cheio de sugestões alimentícias, matas a fome
dos que não foram chamados à ceia celeste
ou industrial. Há ossos, há pudins
de gelatina e cereja e chocolate e nuvens
nas dobras do teu casaco. Estão guardados
para uma criança ou um cão. Pois bem conheces
a importância da comida, o gosto da carne,
o cheiro da sopa, a maciez amarela da batata,
e sabes a arte sutil de transformar em macarrão
o humilde cordão de teus sapatos.
Mais uma vez jantaste: a vida é boa.
Cabe um cigarro: e o tiras
da lata de sardinhas.

Não há muitos jantares no mundo, já sabias,
e os mais belos frangos
são protegidos em pratos chineses por vidros espessos.
Há sempre o vidro, e não se quebra,
há o aço, o amianto, a lei,
há milícias inteiras protegendo o frango,
e há uma fome que vem do Canadá, um vento,
uma voz glacial, um sopro de inverno, uma folha
baila indecisa e pousa em teu ombro: mensagem pálida
que mal decifras
o cristal infrangível. Entre a mão e a fome,
os valos da lei, as léguas. Então te transformas
tu mesmo no grande frango assado que flutua
sobre todas as fomes, no ar; frango de ouro
e chama, comida geral, que tarda.

IV
O próprio ano novo tarda. E com ele as amadas.
No festim solitário teus dons se aguçam.
És espiritual e dançarino e fluido,
mas ninguém virá aqui saber como amas
com fervor de diamante e delicadeza de alva,
como, por tua mão a cabana se faz lua.
Mundo de neve e sal, de gramofones roucos
urrando longe o gozo de que não participas.
Mundo fechado, que aprisiona as amadas
e todo o desejo, na noite, de comunicação.
Teu palácio se esvai, lambe-te o sono,
ninguém te quis, todos possuem,
tudo buscaste dar, não te tomaram.

Então encaminhas no gelo e rondas o grito.
Mas não tens gula de festa, nem orgulho
nem ferida nem raiva nem malícia.
És o próprio ano-bom, que te deténs. A casa passa
correndo, os copos voam,
os corpos saltam rápido, as amadas
te procuram na noite... e não te vêem,
tu pequeno, tu simples, tu qualquer.

Ser tão sozinho em meio a tantos ombros,
andar aos mil num corpo só, franzino,
e ter braços enormes sobre as casas,
ter um pé em Guerrero e outro no Texas,
falar assim a chinês a maranhense,
a russo, a negro: ser um só, de todos,
sem palavra, sem filtro,
sem opala:
há uma cidade em ti, que não sabemos.

V
Uma cega te ama. Os olhos abrem-se.
Não, não te ama. Um rico, em álcool,
é teu amigo e lúcido repele
tua riqueza. A confusão é nossa, que esquecemos
o que há de água, de sopro e de inocência
no fundo de cada um de nós, terrestres. Mas, ó mitos
que cultuamos, falsos: flores pardas,
anjos desleais, cofres redondos, arquejos
poéticos acadêmicos; convenções
do branco, azul e roxo; maquinismos,
telegramas em série, e fábricas e fábricas
e fábricas de lâmpadas, proibições, auroras.
Ficaste apenas um operário
comandado pela voz colérica do megafone.
És parafuso, gesto, esgar.
Recolho teus pedaços: ainda vibram,
lagarto mutilado.

Colo teus pedaços. Unidade
estranha é a tua, em mundo assim pulverizado.
E nós, que a cada passo nos cobrimos
e nos despimos e nos mascaramos,
mal retemos em ti o mesmo homem,
                aprendiz
                bombeiro
                caixeiro
                doceiro
                emigrante
                forçado
                maquinista
                noivo
                patinador
                soldado
                músico
                peregrino
                artista de circo
                marquês
                marinheiro
                carregador de piano
apenas sempre entretanto tu mesmo,
o que não está de acordo e é meigo,
o incapaz de propriedade, o pé
errante, a estrada
fugindo, o amigo
que desejaríamos reter
na chuva, no espelho, na memória
e todavia perdemos

VI
Já não penso em ti. Penso no ofício
a que te entregas. Estranho relojoeiro
cheiras a peça desmontada: as molas unem-se,
o tempo anda. És vidraceiro.
Varres a rua. Não importa
que o desejo de partir te roa; e a esquina
faça de ti outro homem; e a lógica
te afaste de seus frios privilégios.

Há o trabalho em ti, mas caprichoso,
mas benigno,
e dele surgem artes não burguesas,
produtos de ar e lágrimas, indumentos
que nos dão asa ou pétalas, e trens
e navios sem aço, onde os amigos
fazendo roda viajam pelo tempo,
livros se animam, quadros se conversam,
e tudo libertado se resolve
numa efusão de amor sem paga, e riso, e sol.

O ofício é o ofício
que assim te põe no meio de nós todos,
vagabundo entre dois horários; mão sabida
no bater, no cortar, no fiar, no rebocar,
o pé insiste em levar-te pelo mundo,
a mão pega a ferramenta: é uma navalha,
e ao compasso de Brahms fazes a barba
neste salão desmemoriado no centro do mundo oprimido
onde ao fim de tanto silêncio e oco te recobramos.

Foi bom que te calasses.
Meditavas na sombra das chaves,
das correntes, das roupas riscadas, das cercas de arame,
juntavas palavras duras, pedras, cimento, bombas, invectivas,
anotavas com lápis secreto a morte de mil, a boca sangrenta
de mil, os braços cruzados de mil.

E nada dizias. E um bolo, um engulho
formando-se. E as palavras subindo.
Ó palavras desmoralizadas, entretanto salvas, ditas de novo.
Poder da voz humana inventando novos vocábulos e dando sopros exaustos.
Dignidade da boca, aberta em ira justa e amor profundo,
crispação do ser humano, árvore irritada, contra a miséria e a fúria dos ditadores,
ó Carlito, meu e nosso amigo, teus sapatos e teu bigode
caminham numa estrada de pó e de esperança.

Carlos Drummond de Andrade

Imagem da semana


Autoria Caco Galhardo
Fonte: http://cacogalhardo.uol.com.br/