Aconteceu o pior que pode acontecer a um time que tem a melhor campanha de um campeonato com um regulamento tão mal acabado quanto o campeonato paulista: derrota nos pênaltis num jogo único, no qual erros de arbitragem influenciaram diretamente o resultado.
Entre os quatro semi-finalistas, o Palmeiras é o que tem o pior time no papel: as grandes estrelas são Valdívia, Kléber e Marcos, os outros jogadores cresceram junto com o time num trabalho lento. Porém, considerando o futebol apresentado nas últimas partidas, o Palmeiras era o favorito ao título paulista de 2011. Me recordo que, quando a CBF aplicou o formato de pontos corridos para o Campeonato Brasileiro fui contra, pois os pontos corridos tiram a possibilidade do improvável acontecer, e a imprevisibilidade faz parte do futebol como um goleiro que sofre um "frango" ou um time de menor expressão que ganha de um time tradicional, porém, era fácil dizer isso, pois o meu time jogava contando com o imprevisível, e hoje, quando é possível realizar conquistas por mérito, essa imprevisibilidade atua contra o alvi-verde de Palestra Itália.

Fonte: http://copeiros.wordpress.com/page/7/?archives-list=1
De certa forma, a derrota para o Corinthians mostrou que o Palmeiras hoje é um time que não precisa mais contar com o imprevisível, um time que transmite segurança e pode eventualmente sofrer uma derrota, mas que independente do resultado honra o manto até o último minuto de jogo. Realmente não é uma Academia de Futebol, mas é um time pelo qual dá orgulho de torcer.
Apesar de palmeirense, sou capaz de fazer uma análise detida sobre a partida:
Sou um bom perdedor. Na minha análise o Palmeiras foi mais time durante todo o jogo à exceção dos primeiros minutos de partida, quando todos os jogadores do Palestra entraram nervosos em campo, sobretudo Kléber, que por faltas e reclamações poderia até mesmo ter sido expulso. O Corinthians, com um homem a mais, jogou nos erros do alvi-verde, mas esses erros simplesmente não aconteciam, e no único lance em que aconteceu um erro, conseguiu empatar o jogo, levado-o para os pênaltis onde o treino e a tranquilidade sorriram para o time do técnico Tite.
Apesar da superioridade, não posso me furtar de comentar, como admirador de futebol, que a atuação do árbitro Paulo César de Oliveira influenciou o jogo de maneira determinante contra o clube palestrino. Talvez o maior erro do árbitro tenha sido não saber lidar com os ânimos exaltados dos dois times: em cinco minutos de jogo o Palmeiras cometeu cinco faltas, número igualado pelo time corinthiano em dez minutos de partida. Foi a partir uma sequencia de infrações cometidas pela defesa do Cortinhians, e, numa delas, não marcada por Paulo César, que o atacante Kléber, novamente no bico direito da área, foi derrubado de joelhos e recebeu, a princípio invuluntariamente, um tapa no rosto de Ralf, desencadeando a reação violenta do zagueiro palmeirense Danilo que dividiu a bola com o atacante corinthiano Liédson perigosamente, sendo expulso em seguida.
Não que acha a expulsão do defensor palmeirense incorreta, mas acho que também o atacante corinthiano dividiu perigosamente e deveria receber a mesma punição. estranhamente a partir daí o time passou a apresentar um futebol cade vez melhor, mas isso não muda o fato de que num jogo de 11 contra 11 o Palmeiras teria muito mais chances da vitória no tempo normal.
A imprensa tem voltado constantemente às declarações dos times eliminados, Palmeiras e São Paulo, sobre o regulamento do campeonato. Realmente, concordo que a partir do momento em que o clube assina a inscrição no Campeonato Paulista, está aceitando as cláusulas, porém, a mídia não compreende que não se trata de alterar as cláusulas contratuais por causa da derrotada, e sim questionar os critérios utilizados pois como o golerio são-paulino declarou à imprensa: é um trabalho de meses perdido em poucos minutos. Afinal, que outra opção tem os grandes clubes paulistas senão inscrever-se no Campeonato Paulista, o maior e mais disputado do país, ainda que não concorde completamente com o regulamento?
Per favore non me rompere i coglioni...