Não.
Essa postagem não faz referência a nenhuma reportagem sobre rolezinhos, exatamente porque não li nenhuma reportagem que tratasse de forma interessante o assunto. Contudo, estava viajando quando cerca de mil pessoas fizeram o rolezinho no Shopping Metrô Itaquera, e talvez não tenha acompanhado as discussões adequadamente (apesar de duvidar disso considerando a grande imprensa brasileira).
Sempre que procuro notícias mais interessantes vou ao blog do Rick Goodwin (clique aqui) que mescla reportagens e quadrinhos. Lá assisti a duas reportagens que acredito valem a pena, além
Essa postagem não faz referência a nenhuma reportagem sobre rolezinhos, exatamente porque não li nenhuma reportagem que tratasse de forma interessante o assunto. Contudo, estava viajando quando cerca de mil pessoas fizeram o rolezinho no Shopping Metrô Itaquera, e talvez não tenha acompanhado as discussões adequadamente (apesar de duvidar disso considerando a grande imprensa brasileira).
Deixe me ver se estou entendendo bem...
Com os avanços na geração de empregos (resultado de uma política econômica do governo Lula) e distribuição de renda dos últimos anos (resultado de uma política econômica mas que antecede o governo do PT, ainda que este também tenha desenvolvido essa mesma política econômica sob Lula), parte da população atingiu uma faixa sócio-econômica chamada pela mídia de "nova classe média", ainda que, apesar do crescimento econômico dos último 10 anos, talvez somente durante o Primeiro Reinado, nunca se noticiou tanto desvios de verba do Tesouro Nacional ou Erário Régio.
Contudo, essa "nova classe média", que alavancou o crescimento econômico da última década, alçando o Brasil ao status de nova potência mundial ultrapassando a Inglaterra como sexta economia do mundo, está sendo privada do consumo que o próprio governo estimula para manter o país nessa condição?
Fonte: http://www.bizrevolution.com.br/bizrevolution/2013/09/como-est%C3%A3o-as-coisas-no-brasil.html
Legenda: A imagem acima mostra a capa da revista ‘The Economist’ em 2009 e em outubro de 2013; Enquanto antes dizia que Brasil iria decolar, sentimento hoje é de pessimismo.
Mais do que um critério para orientar o consumo, me parece que se trata da permanência de uma mentalidade escravista na qual as relações de poder já não são determinadas menos pelo que se consume (pois hoje, consumo é poder, vide as letras e a cultura construída em torno do funk ostentação), criando um nova paradigma para a cultura brasileira: a distinção social, que se estabelecia através do consumo, não encontra uma nova fronteira senão a cor de pele, evidenciando uma realidade representada no império brasileiro pela iconografia de Jean-Baptiste Debret e na república pela literatura de Monteiro Lobato no conto "Negrinha" (longe de ser um autor idôneo, sobretudo no que diz respeito à sua concepção artística de negar as vanguardas européia em detrimento de uma suposta "cultura brasileira", mas muitas vezes acusado pelo "politicamente correto" de racista).
Fonte: http://gangamacota.blogspot.com.br/2012/09/cena-de-carnaval-jean-baptiste-debret.html
Também chama a atenção nesses rolezinhos a completa ignorância da maior parte da mídia em distinguir o que são rolezinhos organizados pelas redes sociais estabelecendo os shoppings centers da periferia, que tem se multiplicado em São Paulo nos últimos anos, como centros de lazer dessa "nova classe média" muitas vezes sem opções nas periferias senão a idolatria ao consumo, daqueles rolezinhos organizados por manifestantes revoltados contra os gastos abusivos na Copa do Mundo.
Talvez seja apenas falta de informação, mas me parece que, ao nomear todas as manifestações "rolezinhos", a mídia estabelece uma tendência, um estilo, uma marca rentável para os comerciais de 30 segundos no intervalo do telejornalismo, para garantir à elite brasileira a banalização das manifestações, preservando essa mentalidade escravista...



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