Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/facebook_reintroduz_a_censura_no_brasil
Data: 2 de agosto de 2013
(eu adoro o som de chuva...)
Realmente estou em crise de abstinência na leitura de sites de notícias mais interessantes, na realidade me impus essa limitação para escrever sobre assuntos que ainda não tive tempo de explorar. Prometo voltar a publicar sobre atualidades em breve...
Não poderia deixar passar, como crítico do Facebook que sou - crítico preconceituoso reconheço no melhor estilo criança "não-comi-e-não-gostei" - um artigo interessante do Observatório da Imprensa sobre a censura do fenômeno criado por Mark Zuckerberg.
Como professor de história, estudo e ensino sobre sociedades que procuram estabelecer o controle sobre sua população sob os mais diversos aspectos - de certo ponto de vista, do qual não pretendo fazer apontamento teóricos, cito apenas Michael Foucault, filósofo francês que, entre tantos outros, estudou a percepção do controle social sob a ótica do conhecimento e do corpo - desde as sociedades monárquicas primitivas na Mesopotâmia através de seus deuses até a Alemanha nazista através da propaganda legitimada pela ciência positiva, entre tantas outras.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Isaac_Asimov_on_Throne.png
Legenda: o ilustrador de ficção científica Rowena Morill representando o autor do livro Fundações, Isaac Asimov, que desconstrói brilhantemente (pelo menos no primeiro volume da série que escutei em forma de audiobook) a percepção de controle através da religião e comércio.
Contudo, me parece que ao longo da história, esse controle foi sempre exercido por instituições particulares associadas a instituições do Estado ou vice-versa e, nesse momento, essa relação está mudando. Com o apelo ao consumo liberal e individualista que mantem o capitalismo (caso tenha dúvidas sobre esse tema sugiro assistir à série Mad Men e ler a entrevista de Jane Maas, autora do livro biográfico (ela mesma é Peggy, a estagiária da série) Mad Women que inspirou a série, clique aqui!), instituições particulares passaram a exercer esse controle, ainda que, sob refúgio do Estado, e talvez, hoje existe uma amálgama entre Estado e particulares muito singularmente.
O artigo de Elizabeth Lorenzotti confunde a atuação do Facebook, uma empresa particular, com a atuação do Estado: o sr. Zuckerberg tem todo o direito, enquanto o Facebook permanecer uma empresa particular, em estabelecer uma política que delimite o uso de imagens de nudez, mesmo que artísticas como as pinturas de Boticelli, como denuncia um dossiê citado no artigo (clique aqui!). Porém, o consumidor do Facebook argumenta contra a censura como se o uso do mesmo constasse na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 como um direito imprescritível, tornando esse consumidor ainda mais vulnerável a esse controle exercido por particulares, como evidencia João Pereira Coutinho na Folha de São Paulo em artigo de 13 de agosto (clique aqui!): A única coisa que o jornalismo 'tradicional' tem a temer não é o fim do papel; é o fim dos leitores.
Por controle da sua vida, uma batalha se trava entre Estado e particulares com tem se revelado pouco a pouco. Vale a pena ler o artigo do inglês The Guardian sobre a polêmica. Clique aqui!
Fonte: http://www.artinvest2000.com/botticelli_sandro-nascita-venere.html
Legenda: O Nascimento de Vênus de Sandro Botticelli (1483)
Data: 2 de agosto de 2013
(eu adoro o som de chuva...)
Realmente estou em crise de abstinência na leitura de sites de notícias mais interessantes, na realidade me impus essa limitação para escrever sobre assuntos que ainda não tive tempo de explorar. Prometo voltar a publicar sobre atualidades em breve...
Não poderia deixar passar, como crítico do Facebook que sou - crítico preconceituoso reconheço no melhor estilo criança "não-comi-e-não-gostei" - um artigo interessante do Observatório da Imprensa sobre a censura do fenômeno criado por Mark Zuckerberg.
Como professor de história, estudo e ensino sobre sociedades que procuram estabelecer o controle sobre sua população sob os mais diversos aspectos - de certo ponto de vista, do qual não pretendo fazer apontamento teóricos, cito apenas Michael Foucault, filósofo francês que, entre tantos outros, estudou a percepção do controle social sob a ótica do conhecimento e do corpo - desde as sociedades monárquicas primitivas na Mesopotâmia através de seus deuses até a Alemanha nazista através da propaganda legitimada pela ciência positiva, entre tantas outras.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Isaac_Asimov_on_Throne.png
Legenda: o ilustrador de ficção científica Rowena Morill representando o autor do livro Fundações, Isaac Asimov, que desconstrói brilhantemente (pelo menos no primeiro volume da série que escutei em forma de audiobook) a percepção de controle através da religião e comércio.
Contudo, me parece que ao longo da história, esse controle foi sempre exercido por instituições particulares associadas a instituições do Estado ou vice-versa e, nesse momento, essa relação está mudando. Com o apelo ao consumo liberal e individualista que mantem o capitalismo (caso tenha dúvidas sobre esse tema sugiro assistir à série Mad Men e ler a entrevista de Jane Maas, autora do livro biográfico (ela mesma é Peggy, a estagiária da série) Mad Women que inspirou a série, clique aqui!), instituições particulares passaram a exercer esse controle, ainda que, sob refúgio do Estado, e talvez, hoje existe uma amálgama entre Estado e particulares muito singularmente.
O artigo de Elizabeth Lorenzotti confunde a atuação do Facebook, uma empresa particular, com a atuação do Estado: o sr. Zuckerberg tem todo o direito, enquanto o Facebook permanecer uma empresa particular, em estabelecer uma política que delimite o uso de imagens de nudez, mesmo que artísticas como as pinturas de Boticelli, como denuncia um dossiê citado no artigo (clique aqui!). Porém, o consumidor do Facebook argumenta contra a censura como se o uso do mesmo constasse na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 como um direito imprescritível, tornando esse consumidor ainda mais vulnerável a esse controle exercido por particulares, como evidencia João Pereira Coutinho na Folha de São Paulo em artigo de 13 de agosto (clique aqui!): A única coisa que o jornalismo 'tradicional' tem a temer não é o fim do papel; é o fim dos leitores.
Por controle da sua vida, uma batalha se trava entre Estado e particulares com tem se revelado pouco a pouco. Vale a pena ler o artigo do inglês The Guardian sobre a polêmica. Clique aqui!
Fonte: http://www.artinvest2000.com/botticelli_sandro-nascita-venere.html
Legenda: O Nascimento de Vênus de Sandro Botticelli (1483)



Nenhum comentário:
Postar um comentário