quinta-feira, 10 de julho de 2014

"Batatinha quando nasce..."

Todo o meu esforço canalizo eu para a vida. Não para o equilíbrio, não para as certezas. Eu sigo suportando nas costas todo o peso da desesperança, pois que a esperança, ah! A esperança, é ridículo, dramático, que a humanidade ainda precise dela.

Esperança em quê? Em remédios que curem?... Em poemas que se dão de mão em mão? E as  cartas sem resposta? E os becos sem saída? E a nova hipocrisia?

E o deus-dinheiro que nos espreita a cada esquina?... E a áfrica? E a américa latina?...

E todas essas universidades e tantos analfabetos?...

Toda gente sabe a extensão da verdade: surpreendendo a paisagem esfomeada, o gatilho já não precisa do dedo de ninguém.

José Luis Peixoto

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