quinta-feira, 30 de abril de 2009

Tira da semana


Autoria Charles M. Schultz

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Minas tão reais





Autoria própria

Tira da semana

Autoria Adão Iturrusgarai

Fonte http://adao.blog.uol.com.br/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Midiofobia - S. João Del Rey quer registro civil do mártir Tiradentes

Fonte: Estado de São Paulo
Data: 18 de abril de 2009

Segundo artigo de mais de meia página escrito por Eduardo Kattah no caderno Cidades/Metrópole, página C10, existe uma disputa judicial acerca do sítio em que o alferes Joaquim da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, teria nascido. Coincidentemente ou não, minha última viagem teve como destino Tiradentes, cidade mineira próxima a São João Del Rey exatamente durante o feriado dedicado ao mártir da inconfidência mineira, feriado esse que sombreia a data do "achamento" do Brasil por Pedro Álvares Cabral, 22 de abril de 1500.

Autoria própria

Segundo a divisão administrativa da américa portuguesa colonial do século XVIII, em 1720, alguns anos após a guerra do Emboabas (1707-9). Tiradentes teria nascido na Fazenda do Pombal próxima à vila de São João Del Rey na Comarca do Rio das Mortes em 12 de novembro de 1742, ainda que existam historiadores que constestem essa informação, sendo registrado no livro de batismos da Capela de São Sebastião do Rio Abaixo, pertencente à freguesia de Nossa Senhora do Pilar que por sua vez fazia parte da mesma vila de São João Del Rey.

Contudo, atualmente esse sítio está localizado no município de Ritápolis, que em 30 de dezembro de 1962 se emancipou do município de São João Del Rey, e hoje sustenta no pórtico de entrada da cidade homônima "Ritápolis, terra natal de Tiradentes".

Autoria própria

A despeito da disputa judicial, o que está em jogo entre São João Del Rey e Ritápolis é a memória de Tirandentes, disputa essa que abarca não apenas a ascendência cívica relacionada ao mártir da inconfidência mineira, mas a possibilidade de exploração comercial e turística dessa imagem. Afinal, assim procede a historia, manipulando a memória em torno de interesses, como é possível observar nessas imagens feitas na cidade de Tiradentes, na qual a personagem histórica é retratada ora como mártir messiânico visionário que se sacrifica em nome da república, ora como o polido alferes, o funcionário público a serviço da Coroa portuguesa.

"Que é a história senão uma fábula em que todos concordam?" - Napoleão Bonaparte

Midiofobia

Alguns me tem incentivado a escrever sobre temas noticiosos. Nnão me sinto muito a vontade para abordar esse tipo de assunto, afinal, o anonimato e a impessoalidade com que me proponho a escrever têm se mostrado métodos defensivos bastante eficazes ainda que limitadores de algumas idéias. Porém, nas últimas semanas, tenho me interessado muito pelas aulas de português sobre mídia na escola e refletido sobre a importância da imprensa na formação do ser humano no século XXI.

Assim criei o espaço "Midiofobia", na tentativa de praticar uma leitura útil de algumas notícias divulgadas na mídia de modo que estas não sejam mais ofensas à inteligência dos leitores, reféns dessa informação institucionalizada.

Minas tão reais




Autoria própria

domingo, 12 de abril de 2009

Citações

"Nós amamos o caos porque nós amamos produzir ordem"

M. C. Escher

sábado, 11 de abril de 2009

Batalha de Salamina

Depois de uma semana sem postagens devido a uma viagem, retorno com uma postagem sobre uma estória, palavra infelizmente extinta, sobre a história com a qual me identifico muito.

Autoria Jacques-Louis David/Museu do Louvre, Paris, França


Segundo relatos de Heródoto de Halicarnasso, considerado pela historiografia o pai da História, Xerxes I, imperador persa, filho de Dario, fomentou a segunda guerra médica contra os gregos em 480 a.C.Atenienses e espartanos se aliaram contra a ameaça e o general Temístocles de Atenas foi incumbido da defesa naval grega, ainda que contasse com número inferior de trirremes para fazer frente às tropas de Xerxes I. Confiante na vitória, o imperador do oriente ordenou que seu trono fosse instalado numa colina próxima ao estreito da Ática onde ocorreria a batalha com Temístocles, que entraria para a história como a batalha de Salamina.

Porém, durante a noite que antecedeu o combate, uma tempestade destruiu parte das embarcações de guerra persas, atirando-as violentamente contra a costa escarpada do litoral. A despeito do ainda superior poderio naval de Xerxes I, o general Temístocles, utilizando manobras evasivas para atrair a armada persa no dia seguinte, encurrando as pesadas embarcações inimigas numa falange e destruindo boa parte delas.

Xerxes I, poderoso imperador persa de todo o Oriente, um dos homens mais poderoso do mundo antigo permaneceu em seu trono no alto da colina aguardando que a derrota se abatesse sobre seu exército.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sobre a escrita - Necro-filomante (I)

Autoria reprodução

Existem muitas maneiras de relacionar-se. Não me refiro apenas a interações inter-pessoais como relações familiares ou profissionais, mas maneiras de estabelecer trocas que extrapolam mesmo o referencial humano como o romantismo de Frédéric Chopin com as insones madrugadas polonesas que resultaram na composição de noturnos de inexprimível beleza ou como a mítica Dublin do modernismo concreto do irlandês James Joyce com suas ruas velhas e poeirentas alaranjadas pelo crepúsculo profetizando o ocaso de um século em Dublinenses.

Assim, também busco relacionamentos que se ocupem da arte, ainda que não da música como fez o pianista, por isso, assim como nas primeiras postagens me pergunto qual o sentido de um blog procurando estabelecer uma relação com essa nova maneira de se expressar, talvez seja pertinente perguntar qual a relação que estabeleço com a escrita, uma vez que através dela me ocupo para me expressar aqui. Conforme já alertei, esse blog pretende ser um espaço virtual extremamente particular no sentido de comportar reflexões pertinentes ao seu autor e aqueles que as considerarem de alguma relevância, assim, quando me questiono sobre qual o sentido da escrita, não pretendo construir as fundações de um teoria literária crítica que tenha validade científica, mas penso simplesmente em refletir qual o sentido da escrita para mim.

Grande parte de meu esforço ao longo da vida tem sido o auto-conhecimento, não através de livros de auto-ajuda, que reconheço desempenham função importante para muitos, mas um auto-conhecimento entranhado em profundas experiências de vida. Paradoxalmente, ao longo da infância e adolescência, apreendi, através vivências e práticas de disciplina filosófica, uma postura investigava embebida de certo cientificismo para lidar com essas experiências, desse modo, essas vivências necessitavam não apenas de um grande impacto sensorial e emocional, mas um registro objetivo que me permitisse acessar essas experiências novamente tendo em vista aprimorar essa busca por auto-conhecimento.

Assim, a escrita surgiu para mim como uma ferramenta prática não apenas pela facilidade de acesso bem como de transporte de uma caderneta e uma lapiseira, mas também por desempenhar uma função informativa, que ao longo dos anos revelou um aspecto estético e artístico saturado de um sentido muito mais profundo e revelador do que qualquer registro técnico.

Victor Frankenstein não podendo suportar a morte animou partes de cadáveres para dar vida a sua criatura, assim também eu...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Carta aberta aos meus ex-alunos - Recomendação de um sambista...

Cartola - O Mundo é Um Moinho

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que iras tomar

Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Carta aberta aos meus futuros ex-alunos - A educação e a Matrix

Autoria reprodução

Ao longo da vida, independende da escolha profissional que fizerem frequentemente ouvirão longas reflexões acerca do papel fundamental que a educação tem para a formação do ser humano, como se o processo educativo por si só assegurasse integridade de caráter dos indivíduos formalmente educados através de instituições de ensino reconhecidas pela hipocrisia de poderes públicos constituídos "democraticamente".

Ainda que a educação seja parte inevitável da formação de qualquer ser humano, independente da secção espacial ou temporal, cada vez mais me parece que o processo educacional instucionalizado tem por objetivo formatar o pensamento tendo em vista o mais estrito controle social como Michel Foucault investigou na década de 70 e 80 antes de ser vitimado pela AIDS. Essa reflexão se fez ainda mais presente essa semana enquanto organizava alguns materiais e um de vocês veio até mim conversar sobre a escola dizendo "ter poder é bom não é?".

Minha introdução ao universo escolar tem levado a enfrentar muitos conflitos internos acerca da minha própria concepção de educação que extrapolam o ambito pedagógico e me procuram em espaços tortuosos da mente ainda a descobrir.