Diferente dos outros campeonatos nacionais brasileiros e campeonatos nacionais de outros países, esse se destacou pela competitividade entre os clubes que disputavam as quatro primeira colocações e o almejado título de campeão brasileiro de 2009. Contudo, essa disputa acirrada também proporcionou a clubes, cartolas, diretores, jogadores, técnicos, juízes, bandeirinhas e torcedores um espetáculo à parte, um espetáculo de erros de arbitragem, violência entre jogadores do próprio time e entre torcidas organizadas dos próprios times, consequências como essas são compreensíveis num campeonato tão disputado, ainda que não sejam plenamente aceitáveis.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/
Reitero todos méritos do time do Flamengo na conquista do título, ainda que muitos críticos prefiram teorias conspiratórias como contar o número de pênaltis que o time teve ao longo do campeonato comparando-os com o de outros times, a força coletiva do rubro-negro carioca se manifestou no momento mais importante do campeonato.
Porém, a despeito do já previsto título e reiterado reconhecimento dos flamenguistas, é interessante analisar como os times do São Paulo, Internacional, Atlético-MG, Palmeiras, Avaí e Cruzeiro alteraram suas posições nas últimas rodadas do campeonato, determinando não apenas sua posição no campeonato como a posição de seus adversários.
A despeito de uma campanha irregular no início do campeonato, o tricolor paulista manteve, ainda sob o comando do técnico Muricy Ramalho uma regularidade importante a partir do segundo turno, porém, essa estabilidade de resultados não se refletia entre os próprios jogadores, evidente na troca de agressões físicas entre o zagueiro André Dias e o meia Hugo, até por já conviverem há alguns anos, privilégio apenas de poucos clubes que possuem um planejamento tão eficiente como o do time do São Paulo. Apesar desse desgaste, também, e ainda mais evidente no time do Palmeiras, foi a atitude do time contra o Goiás e o Botafogo na 35ª e 36ª rodadas que deixaram o time paulista como um todo emocionalmente fragilizado para conquistar o seu terceiro título brasileiro seguido.
Há alguns anos seguidos o Atlético-MG e o Internacional fazem uma ótima campanha ao longo do campeonato, mas acabam não conquistando o título. Infelizmente não se reconhece uma boa campanha que não contemple um título: o time de Belo Horizonte, assim como o Palmeiras, parece ter se enfraquecido quando se contratou reforços como o meia Ricardinho e o lateral Coelho; já o Internacional perdeu sua caracterísca ofensiva com a negociação do atacante Nilmar e a sua determinação para conquistar o título com demissão do técnico Tite e a declaração da diretoria em procurar um técnico para direção do time apenas até o encerramento do campeonato.
Assim como outros resultados da última rodada, a derrota do Palmeiras para um Botafogo que precisava de uma vitória para não ser rebaixado já era esperado, porém, a classificação do time do Cruzeiro para disputa a aliminatória da taça Libertadores da América demonstra como o alviverde paulista possuia todas as condições não apenas de se classificar como mesmo de ser campeão: o número de vitórias determinou a a posição do Cruzeiro, mas o Palmeiras teve o mesmo número pontos marcados, o mesmo número de gols marcados, menor número de gols sofridos, maior saldo de gols e menor número de derrotas. Méritos ao time celeste de Belo Horizonte pelo poder de reação depois da desclassificação da Libertadores da América, mas como amante do futebol é triste ver o potencial disperdiçado de um time como o Palmeiras.
Por fim, a surpresa do campeonato como já destaquei aqui anteriormente, foi o time do tenista Gustavo Kuerten, o Avaí de Florianópolis, que segundo o jornal Estado de São Paulo terá como técnico no ano que vem o interino do Palmeiras, Jorginho.
Escrevi anteriormente que me sentia envergonhado de torcer para o Palmeiras, mas que torcedor não escolhe time. Também escrevi que após as declarações do presidente Luis Gonzaga Belluzzo, coincidentes com as lesões sequenciais de Pierre, Maurício Ramos e Cleiton Xavier, e a demissão de Maurício e Obina, marcou uma transformação importante na história do time, hoje, mais do que a queda de rendimento do time alviverde, mais do que a perda do título do Campeonato Brasileiro de 2009, mais do que a perda da classificação para a taça Libertadores da América, essa declaração marca nova ruptura dentro da administração do clube e, como os palmeirenses estão acostumados desde a primeira gestão de clube-empresa com a Parmalat nos anos 90, um esquecimento do time como demonstra a diretoria ao permitir a saída do técnico Jorginho, técnico que ganhou 6 das 7 partidas que disputou pelo clube e levou o Palmeiras à primeira colocação do campeonato, posição que se manteve por 19 rodadas até ser assumida pelo São Paulo, mas o torcedor nunca esquece.
Per favore non me rompere i coglioni...

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