Surpreender os outros é fazer uso de nossos truques já dominados; surpreender a si mesmo é ser um mago diante daquele que julgávamos ser"
Nilton Bonder, publicado em "A Alma Imoral"
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Caderneta - Da ausência...
Desde que me lembro... Desde que me lembro, quando aprendi a escrever, sempre gostei de dispender algum tempo em frente ao papel e o lápis procurando algum sentido para as palavras que deslizavam por meus braços vindas de minha cabeça diretamente para minhas mãos as desenharem na folha em branco.
Assim as palavras passaram a fazer parte não apenas do meu cotidiano, ocupando desde as intermináveis tardes vermelhas após as aulas preguiçosas até as noites sombreadas pelo espectro lunar fantasmagórico curtas demais para caber meu sentimento, mas também da minha forma de compreender o mundo... Durante muito tempo não compreendia o mundo sem a escrita, e ainda não o compreendo, mas as letras sempre foram minhas confidentes quando nada mais parecia fazer sentido...
Porém, em algum momento isso se perdeu... Não sei como ou quando... Como quando u era criança e deixei um grande segredo escondido dentro em velho ferro e passar da minha avó que minha mãe mantinha na sala como decoração, onde ninguém jamais olhava e quando e ao encontrar esse grande segredo muitos anos depois ele já não faz sentido nenhum... Ainda procuro compreender essa tranformação e enquanto faço isso meu tempo se esvai novamente como quando as letras me eram completas desconhecidas...
Sempre escrevi em pequenos cadernos, pois poderia levá-los a qualquer lugar, essa companhia me fazia bem, mas mesmo essas cadernetas não me tem satisfeito e acabo deitando muitas palavras em teclas padronizadas de teclados de máquinas sem sentimento... Mas que me trazem algum conforto...
Esse espaço que denominei caderneta é uma experimentação para resgatar um pouco dessa intimidade perdida com as letras, como se estivesse a trair as palavras que antes me foram tão caras em páginas de cadernetas...
Assim as palavras passaram a fazer parte não apenas do meu cotidiano, ocupando desde as intermináveis tardes vermelhas após as aulas preguiçosas até as noites sombreadas pelo espectro lunar fantasmagórico curtas demais para caber meu sentimento, mas também da minha forma de compreender o mundo... Durante muito tempo não compreendia o mundo sem a escrita, e ainda não o compreendo, mas as letras sempre foram minhas confidentes quando nada mais parecia fazer sentido...
Porém, em algum momento isso se perdeu... Não sei como ou quando... Como quando u era criança e deixei um grande segredo escondido dentro em velho ferro e passar da minha avó que minha mãe mantinha na sala como decoração, onde ninguém jamais olhava e quando e ao encontrar esse grande segredo muitos anos depois ele já não faz sentido nenhum... Ainda procuro compreender essa tranformação e enquanto faço isso meu tempo se esvai novamente como quando as letras me eram completas desconhecidas...
Sempre escrevi em pequenos cadernos, pois poderia levá-los a qualquer lugar, essa companhia me fazia bem, mas mesmo essas cadernetas não me tem satisfeito e acabo deitando muitas palavras em teclas padronizadas de teclados de máquinas sem sentimento... Mas que me trazem algum conforto...
Esse espaço que denominei caderneta é uma experimentação para resgatar um pouco dessa intimidade perdida com as letras, como se estivesse a trair as palavras que antes me foram tão caras em páginas de cadernetas...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
"Play it again Sam..."
Johhny Cash - Jackson
We got married in a fever, hotter than a pepper sprout,
We've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went out.
I'm goin' to Jackson, I'm gonna mess around,
Yeah, I'm goin' to Jackson,
Look out Jackson town.
Well, go on down to Jackson; go ahead and wreck your health.
Go play your hand you big-talkin' man, make a big fool of yourself,
You're goin' to Jackson; go comb your hair!
Honey, I'm gonna snowball Jackson.
See if I care.
When I breeze into that city, people gonna stoop and bow. (Hah!)
All them women gonna make me, teach 'em what they don't know how,
I'm goin' to Jackson, you turn-a loose-a my coat.
'Cos I'm goin' to Jackson.
"Goodbye," that's all she wrote.
But they'll laugh at you in Jackson, and I'll be dancin' on a Pony Keg.
They'll lead you 'round town like a scalded hound,
With your tail tucked between your legs,
You're goin' to Jackson, you big-talkin' man.
And I'll be waitin' in Jackson, behind my Jaypan Fan,
Well now, we got married in a fever, hotter than a pepper Sprout,
We've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went out.
I'm goin' to Jackson, and that's a fact.
Yeah, we're goin' to Jackson, ain't never comin' back.
Well, we got married in a fever, hotter than a pepper sprout'
And we've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went...
We got married in a fever, hotter than a pepper sprout,
We've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went out.
I'm goin' to Jackson, I'm gonna mess around,
Yeah, I'm goin' to Jackson,
Look out Jackson town.
Well, go on down to Jackson; go ahead and wreck your health.
Go play your hand you big-talkin' man, make a big fool of yourself,
You're goin' to Jackson; go comb your hair!
Honey, I'm gonna snowball Jackson.
See if I care.
When I breeze into that city, people gonna stoop and bow. (Hah!)
All them women gonna make me, teach 'em what they don't know how,
I'm goin' to Jackson, you turn-a loose-a my coat.
'Cos I'm goin' to Jackson.
"Goodbye," that's all she wrote.
But they'll laugh at you in Jackson, and I'll be dancin' on a Pony Keg.
They'll lead you 'round town like a scalded hound,
With your tail tucked between your legs,
You're goin' to Jackson, you big-talkin' man.
And I'll be waitin' in Jackson, behind my Jaypan Fan,
Well now, we got married in a fever, hotter than a pepper Sprout,
We've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went out.
I'm goin' to Jackson, and that's a fact.
Yeah, we're goin' to Jackson, ain't never comin' back.
Well, we got married in a fever, hotter than a pepper sprout'
And we've been talkin' 'bout Jackson, ever since the fire went...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Midiofobia - Escolas passam atividades até na hora do recreio
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110213/not_imp678897,0.php
Data: 13 de fevereiro de 2011
Mais um exemplo de reportagem "politicamente correta" sobre educação no Brasil, dessa vez no Estado de São Paulo. Não me incomoda o teor da reportagem que trata de alçgo muito interessante na nossa sociedade sobre o qual já escrevi: a impossibilidade do imprevisiível como algo positivo, ou como dizem os norte-americanos, "serendipity" (palavra que descobri em português existe, é serendipidade).
Como profissional de uma grande escola particular da cidade de São Paulo, percebo que cada vez mais as crianças se tornam estudantes integralmente, ocupando-se com a escola durante a manhã e diversas outras atividades como natação, tênis, futebol, inglês, judô, durante a tarde, fazendo com que suas agendas sejam tão cheias quanto de seus pais executivos. Me parece muito óbvio que os pais desejam para seus filhos a melhor educação possível, porém são incapazes de reconhecer que seus filhos são crianças e como tais precisam viver o que é apropriado à sua idade.
A reportagem do Estado de São Paulo, que critico não pela reportagem em si, que é muito interessante para refletir sobre o chamado "intervalo orientado" que cada vez mais se torna comum em grandes escolas, trata de outra atividade para a já lotada agenda das crianças: brincadeiras orientadas. Ao contrário do que sugere o título, não trata apenas de atividade na hora do recreio, mas uma orientação diferenciada para o momento da recreação.
Como é possível constatar observando as crianças na escola, muitas não tem habilidades motoras consideras comuns até alguns anos atrás, como habilidade de pular corda ou jogar bola, isso porque a relação da criança com o brincar se alterou muito nos últimos anos com o desenvolvimento de jogos eletrônicos, alterando radicalmente a percepção de brincar. Assim, me parece válido que as escolas ofereçam oportunidades de ensinar a criança não a brincar, mas a desenvolver outros aspectos motores pouco trabalhados nos brinquedos atuais através de brincadeiras, desde que essas oportunidade não sejam estabelecidas em currículo (a exceção da educação física) ou obrigatórias durante o recreio, que como a palavra muito bem explica, é o momento não da estudar mas de "recreção" (momento de diversão ou prazer).
Escrito o óbvio, me chama a atenção que a projeção da imagem dos pais sobre seus filhos está criando uma geração que tem dificuldades em lidar com sua própria infância, muitas vezes suprimindo as carências específicas da idade e aprendendo que devem se comportar de maneira adulta. Isso é extremamente preocupante porque os adultos recompensam crianças com esse tipo de atitude: "Que lindo, já se veste como um homenzinho! Vai ganhar um doce!", e cada vez menos compreendem como age e como se deve reagir a um comportamento de criança : "Devemos brigar sim, mas paciência se ele quebrou o vaso, ele é apenas uma criança!".
Vivendo num século que herda o legado do liberalismo econômico do século XX refletido em sucessivas guerras por petróleo e crises financeiras de dimensões globais, e da liberdade moral promovida pela geração dos anos 60 e 70 dos quais morreram todos os heróis afogados em seu próprio vômito ou em múltiplas overdoses, a humanidade do admirável século XXI vive num cárcere chamado liberdade.
Data: 13 de fevereiro de 2011
Mais um exemplo de reportagem "politicamente correta" sobre educação no Brasil, dessa vez no Estado de São Paulo. Não me incomoda o teor da reportagem que trata de alçgo muito interessante na nossa sociedade sobre o qual já escrevi: a impossibilidade do imprevisiível como algo positivo, ou como dizem os norte-americanos, "serendipity" (palavra que descobri em português existe, é serendipidade).
Como profissional de uma grande escola particular da cidade de São Paulo, percebo que cada vez mais as crianças se tornam estudantes integralmente, ocupando-se com a escola durante a manhã e diversas outras atividades como natação, tênis, futebol, inglês, judô, durante a tarde, fazendo com que suas agendas sejam tão cheias quanto de seus pais executivos. Me parece muito óbvio que os pais desejam para seus filhos a melhor educação possível, porém são incapazes de reconhecer que seus filhos são crianças e como tais precisam viver o que é apropriado à sua idade.
A reportagem do Estado de São Paulo, que critico não pela reportagem em si, que é muito interessante para refletir sobre o chamado "intervalo orientado" que cada vez mais se torna comum em grandes escolas, trata de outra atividade para a já lotada agenda das crianças: brincadeiras orientadas. Ao contrário do que sugere o título, não trata apenas de atividade na hora do recreio, mas uma orientação diferenciada para o momento da recreação.
Como é possível constatar observando as crianças na escola, muitas não tem habilidades motoras consideras comuns até alguns anos atrás, como habilidade de pular corda ou jogar bola, isso porque a relação da criança com o brincar se alterou muito nos últimos anos com o desenvolvimento de jogos eletrônicos, alterando radicalmente a percepção de brincar. Assim, me parece válido que as escolas ofereçam oportunidades de ensinar a criança não a brincar, mas a desenvolver outros aspectos motores pouco trabalhados nos brinquedos atuais através de brincadeiras, desde que essas oportunidade não sejam estabelecidas em currículo (a exceção da educação física) ou obrigatórias durante o recreio, que como a palavra muito bem explica, é o momento não da estudar mas de "recreção" (momento de diversão ou prazer).
Escrito o óbvio, me chama a atenção que a projeção da imagem dos pais sobre seus filhos está criando uma geração que tem dificuldades em lidar com sua própria infância, muitas vezes suprimindo as carências específicas da idade e aprendendo que devem se comportar de maneira adulta. Isso é extremamente preocupante porque os adultos recompensam crianças com esse tipo de atitude: "Que lindo, já se veste como um homenzinho! Vai ganhar um doce!", e cada vez menos compreendem como age e como se deve reagir a um comportamento de criança : "Devemos brigar sim, mas paciência se ele quebrou o vaso, ele é apenas uma criança!".
Vivendo num século que herda o legado do liberalismo econômico do século XX refletido em sucessivas guerras por petróleo e crises financeiras de dimensões globais, e da liberdade moral promovida pela geração dos anos 60 e 70 dos quais morreram todos os heróis afogados em seu próprio vômito ou em múltiplas overdoses, a humanidade do admirável século XXI vive num cárcere chamado liberdade.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Carta aberta aos meus futuros ex-alunos - Tecnologia na escola
Me parece até um pouco estranho falar em tecnologia para vocês meus futuros ex-alunos. Até alguns anos atrás me considerava um professor com um conhecimento razoável das novas tecnologias aplicadas à educação, mas com a inventividade da indústria do entretenimento (que acaba se tornando ferramenta pedagógica) e a ampliação da minha experiência docente convivendo com professores estrangeiros, percebi que não é preciso muito tempo para que esse conhecimento se torne obsoleto.
Minha mãe, que também trabalha com educação trouxe para casa nesse final de semana, uma das maravilhas modernas que prometem mudar o panorama da educação nos próximos anos, o Kindle.
Fonte: http://www.acharge.com.br/index.htm
Autoria Arnaldo
Sobre a mesa com a espessura de não mais que uma revista de fofocas, o aparelho parecia me encarar com certo ar de superioridade à medida que relutava em tomá-lo nas mãos para conhecer melhor suas funcionalidades, como se eu mesmo, um professor de história, resolvesse resistir ao tempo ignorando que o tempo é uma espécie de deus bíblico inexorável. Durante o almoço dominical o aparelho voltou a me ocupar devido aos diálogos familiares sobre qual será o papel do professor frente às novas tecnologias que pouco a pouco fazem parte do cotidiano do estudantes, e em breve dos estudantes dentro do ambiente escolar, e a partir de então decidi escrever sobre o tema.
Sou bastante avesso ao desenvolvimento e aplicação da tecnologia em alguns aspectos do cotidiano do homem, e acredito que, apesar dos grandes avanços em áreas muito importantes como a medicina, parte da revolução industrial tem consequências bastante prejudiciais à humanidade. Esse niilismo em torno da tecnocracia, pois para mim mais do que uma simples esfera do conhecimento humano, a tecnologia hoje é uma das mais importantes bases da governabilidade, é facilmente perceptível nos estudantes que hoje ocupam as carteiras nas salas de aula: extremamente bem informados, mas incapazes de articular as informações, habilidosos com os dedos, mas com caligrafia cada vez pior, atentos a diversas fontes de informação, mas limitados para se concetrarem numa única informação.
Acredito que a tecnologia tenha um papel importante para auxiliar no desenvolvimento da condição de humanidade do ser humano, mas com a velocidade dessas transformações, a tecnologia não está atuando como coadjuvante, mas como determinante da condição de humanidade. A tecnologia está determinando o que é ser homem, uma vez que sem tecnologia, cada vez menos homens existem.
Essas transformações que lembram filmes como O Exterminador do Futuro e Matrix parecem conduzir a humanidade a uma condição desconhecida e por isso perigosa, pois a velocidade dessas transformações não permitem que sejam calculados com alguma previsibilidade suas consequências. Por isso, não resisto para resgatar um sentimento adolescente de resistir ao mundo por acreditar que posso mudá-lo, mas porque me parece que a escola é um dos poucos espaços onde ainda se preserva essa condição de humanidade antropológica muitas vezes substituida por esse desenvolvimento tecnologico, como a concentração numa aula expositiva, a motricidade fina no registro de informações no quadro, a humildade no questionamento à exposição do professor e a sociabilidade nos intervalos com os colegas.
Acho que estou ficando velho...
Minha mãe, que também trabalha com educação trouxe para casa nesse final de semana, uma das maravilhas modernas que prometem mudar o panorama da educação nos próximos anos, o Kindle.
Fonte: http://www.acharge.com.br/index.htmAutoria Arnaldo
Sobre a mesa com a espessura de não mais que uma revista de fofocas, o aparelho parecia me encarar com certo ar de superioridade à medida que relutava em tomá-lo nas mãos para conhecer melhor suas funcionalidades, como se eu mesmo, um professor de história, resolvesse resistir ao tempo ignorando que o tempo é uma espécie de deus bíblico inexorável. Durante o almoço dominical o aparelho voltou a me ocupar devido aos diálogos familiares sobre qual será o papel do professor frente às novas tecnologias que pouco a pouco fazem parte do cotidiano do estudantes, e em breve dos estudantes dentro do ambiente escolar, e a partir de então decidi escrever sobre o tema.
Sou bastante avesso ao desenvolvimento e aplicação da tecnologia em alguns aspectos do cotidiano do homem, e acredito que, apesar dos grandes avanços em áreas muito importantes como a medicina, parte da revolução industrial tem consequências bastante prejudiciais à humanidade. Esse niilismo em torno da tecnocracia, pois para mim mais do que uma simples esfera do conhecimento humano, a tecnologia hoje é uma das mais importantes bases da governabilidade, é facilmente perceptível nos estudantes que hoje ocupam as carteiras nas salas de aula: extremamente bem informados, mas incapazes de articular as informações, habilidosos com os dedos, mas com caligrafia cada vez pior, atentos a diversas fontes de informação, mas limitados para se concetrarem numa única informação.
Acredito que a tecnologia tenha um papel importante para auxiliar no desenvolvimento da condição de humanidade do ser humano, mas com a velocidade dessas transformações, a tecnologia não está atuando como coadjuvante, mas como determinante da condição de humanidade. A tecnologia está determinando o que é ser homem, uma vez que sem tecnologia, cada vez menos homens existem.
Essas transformações que lembram filmes como O Exterminador do Futuro e Matrix parecem conduzir a humanidade a uma condição desconhecida e por isso perigosa, pois a velocidade dessas transformações não permitem que sejam calculados com alguma previsibilidade suas consequências. Por isso, não resisto para resgatar um sentimento adolescente de resistir ao mundo por acreditar que posso mudá-lo, mas porque me parece que a escola é um dos poucos espaços onde ainda se preserva essa condição de humanidade antropológica muitas vezes substituida por esse desenvolvimento tecnologico, como a concentração numa aula expositiva, a motricidade fina no registro de informações no quadro, a humildade no questionamento à exposição do professor e a sociabilidade nos intervalos com os colegas.
Acho que estou ficando velho...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Avanti squadra Palestrina! - Palmeiras 0 X 1 Corinthians
Os últimos três dias sem postagens foram reflexos da primeira semana de aula, que é uma semana cansativa pelo retorno dos estudantes na escola como também pela repetitividade das primeiras aulas, bastante padronizadas com apresentações, regras de sala de aula, aulas inaugurais, etc. Mas tão logo o derby paulista Palmeiras X Corinthians se encerrou foi inevitável sentar em frente à tela do PC para escrever.
Apesar da depredação aos automóveis de jogadores e funcionários do Corinthians, apesar da comemoração de Alessandro diante da torcido palmeirense após o gol, apesar das reações violentas entre as duas torcidas após o jogo, apesar de todos os males causados pelos excessos cometidos devido ao futebol, ainda acredito que torcer por um time pode ser algo saudável, desde que feito com bom senso. Assim como bebidas alcoólicas, o consumo de esportes, nesse caso específico do futebol, "com moderação" pode trazer benefícios como a sociabilidade, o estímulo à prática de atividades físicas, a capacidade analítico-estratégica, mas o discurso politicamente correto, muita vezes apenas disfarça uma dependência semelhante à das bebidas alcoólicas, atingindo uma dimensão química descrita como pura e simples "paixão".
Reconheço que enquanto escrevo, essa "paixão" também faz parte de minha palavras, e talvez as letras sejam também uma maneira de expurgar essa quase que dependência química em relação ao futebol que se estabelece em especial em clássicos como o dessa abafada tarde de domingo.
Numa partida disputada como a desse domingo, em que as duas equipes, especial o Corinthians, necessitavam de uma vitória, analiso o time do Palmeiras jogando no limite de sua competência técnica com os jogadores de que dispõe o técnico palestrino. Com a criatividade do time de responsabilidade de Tinga e Cicinho, o alvi-verde de parque Antártica evoluiu bem diante do adversário mas por esses caprichos dos deuses do futebol, e das excelentes defesas do goleiro Júlio César, não foi possível abrir o placar.
Apesar da necessidade de auto-afirmação corinthiana no clássico fiquei até satisfeito com a maneira que o time se comportou taticamente durante o jogo, porém, a necessidade de um time competitivo no meio de campo ficou evidente e ainda que na fase classificatória esse tipo de carência seja suprida em outros confrontos, durante as oitavas de final Valdívia e Gabriel Silva precisam estar em condições de jogo.
Per favore non me rompere i coglioni...
Apesar da depredação aos automóveis de jogadores e funcionários do Corinthians, apesar da comemoração de Alessandro diante da torcido palmeirense após o gol, apesar das reações violentas entre as duas torcidas após o jogo, apesar de todos os males causados pelos excessos cometidos devido ao futebol, ainda acredito que torcer por um time pode ser algo saudável, desde que feito com bom senso. Assim como bebidas alcoólicas, o consumo de esportes, nesse caso específico do futebol, "com moderação" pode trazer benefícios como a sociabilidade, o estímulo à prática de atividades físicas, a capacidade analítico-estratégica, mas o discurso politicamente correto, muita vezes apenas disfarça uma dependência semelhante à das bebidas alcoólicas, atingindo uma dimensão química descrita como pura e simples "paixão".
Reconheço que enquanto escrevo, essa "paixão" também faz parte de minha palavras, e talvez as letras sejam também uma maneira de expurgar essa quase que dependência química em relação ao futebol que se estabelece em especial em clássicos como o dessa abafada tarde de domingo.
Numa partida disputada como a desse domingo, em que as duas equipes, especial o Corinthians, necessitavam de uma vitória, analiso o time do Palmeiras jogando no limite de sua competência técnica com os jogadores de que dispõe o técnico palestrino. Com a criatividade do time de responsabilidade de Tinga e Cicinho, o alvi-verde de parque Antártica evoluiu bem diante do adversário mas por esses caprichos dos deuses do futebol, e das excelentes defesas do goleiro Júlio César, não foi possível abrir o placar.
Apesar da necessidade de auto-afirmação corinthiana no clássico fiquei até satisfeito com a maneira que o time se comportou taticamente durante o jogo, porém, a necessidade de um time competitivo no meio de campo ficou evidente e ainda que na fase classificatória esse tipo de carência seja suprida em outros confrontos, durante as oitavas de final Valdívia e Gabriel Silva precisam estar em condições de jogo.
Per favore non me rompere i coglioni...
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
"Batatinha quando nasce..."
"Dúvida é uma dor muito solitária para saber que a fé é sua irmã gêmea"
Gibran Kahlil Gibran"
Gibran Kahlil Gibran"
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Avanti squadra Palestrina! - Palmeiras 3 X 1 Paulista
Após muito tempo, a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou quatro vitórias consecutivas e assumiu a segunda colocação do campeonato paulista de 2011. Enfim, algum conforto emocional ao torcedor palmeirense desde 2009.
Motivado pela boa sequencia do time, compareci ao jogo entre Palmeiras e Paulista vencido pelo time da capital por 3 X1 no Pacaembu.
Diz o ditado popular que "gato escaldado tem medo de água fria", e talvez por isso, apesar da boa sequencia de vitórias por placares convincentes como 4 X 1 contra o Ituano e 2 X 0 contra a Portuguesa, não me sinta completamente seguro em relação ao time. Não acompanhei o jogo contro Ituano, aparentemente o melhor dos jogos do time alvi-verde nesse ano, mas os resultados contra Oeste, Paulista e Portuguesa não foram jogos em que o time se destacou no ataque pelo seu sentido de coletividade, e sim pela qualidade individual de alguns jogadores como Marcos Assunção, Cicinho, Patrik e Kléber.
Falta ao torcedor, uma sensação de segurança que é deficiente na lateral esquerda com Rivaldo, um jogador que não é originalmente lateral esquerdo, e uma referência no ataque diante do isolamento de jogadores como Kléber e Dinei. Apesar das improvisações nesses setores, diferenciais como Luan na ponta esquerda e Tinga como segundo volante avançado tem permitido ao técnico Luis Felipe Scolari variações interessantes que, juntamente com a segurança que os zagueiros e volantes tem dado ao time, muitas são eficientes mesmo diante de sistemas defensivos montados unicamente com o objetivo de impedir a progressão do ataque (destaque especial para o jogador Kléber que, utilizando seu melhor fundamento, a proteção e posse de bola, tem garantido tempo para o ataque se organizar).
Contudo, apesar da minha justificável desconfiança sobre o poderio ofensivo, o time tem conquistado vitórias e essas vitórias tem enchido o torcedor e os jogadores de esperança, o que muitas vezes é mais importante do que o sentido de coletividade da equipe. Aos que jogaram a sensação Elifoot no PC, lembram-se que a barrra de "moral" do time superava a força dos jogadores, fazendo com que estes obtivessem vitórias contra times muito superiores, porém, a verdade é que os grandes desafios do times palestrino ainda não foram colocados, como os outros três grandes paulistas.
Fonte: http://forum.jogos.uol.com.br/GAMES-ANTIGOS-QUE-SAO-LINDOS-AOS-SEUS-OLHOS+POSTE-FOTOS-CHAMPZ_t_857047?page=11
Legenda: Stênio é o melhor do jogo! De todos os jogadores, acho que só sobrou o Marcos!
Mais importante do que acumular pontos, até porque não se trata de um campeonato de pontos corridos como o Campeonato Brasileiro, é importante acumular moral, e nesse sentido, o comportamento do time tem sido excepcional em cada jogo demonstrando que a despeito do futebol-arte que o Santos tem praticado nos últimos anos, o futebol-força ainda consegue bons resultados tanto em pontos quanto em motivação.
Per favore non me rompere i coglioni...
Motivado pela boa sequencia do time, compareci ao jogo entre Palmeiras e Paulista vencido pelo time da capital por 3 X1 no Pacaembu.
Diz o ditado popular que "gato escaldado tem medo de água fria", e talvez por isso, apesar da boa sequencia de vitórias por placares convincentes como 4 X 1 contra o Ituano e 2 X 0 contra a Portuguesa, não me sinta completamente seguro em relação ao time. Não acompanhei o jogo contro Ituano, aparentemente o melhor dos jogos do time alvi-verde nesse ano, mas os resultados contra Oeste, Paulista e Portuguesa não foram jogos em que o time se destacou no ataque pelo seu sentido de coletividade, e sim pela qualidade individual de alguns jogadores como Marcos Assunção, Cicinho, Patrik e Kléber.
Falta ao torcedor, uma sensação de segurança que é deficiente na lateral esquerda com Rivaldo, um jogador que não é originalmente lateral esquerdo, e uma referência no ataque diante do isolamento de jogadores como Kléber e Dinei. Apesar das improvisações nesses setores, diferenciais como Luan na ponta esquerda e Tinga como segundo volante avançado tem permitido ao técnico Luis Felipe Scolari variações interessantes que, juntamente com a segurança que os zagueiros e volantes tem dado ao time, muitas são eficientes mesmo diante de sistemas defensivos montados unicamente com o objetivo de impedir a progressão do ataque (destaque especial para o jogador Kléber que, utilizando seu melhor fundamento, a proteção e posse de bola, tem garantido tempo para o ataque se organizar).
Contudo, apesar da minha justificável desconfiança sobre o poderio ofensivo, o time tem conquistado vitórias e essas vitórias tem enchido o torcedor e os jogadores de esperança, o que muitas vezes é mais importante do que o sentido de coletividade da equipe. Aos que jogaram a sensação Elifoot no PC, lembram-se que a barrra de "moral" do time superava a força dos jogadores, fazendo com que estes obtivessem vitórias contra times muito superiores, porém, a verdade é que os grandes desafios do times palestrino ainda não foram colocados, como os outros três grandes paulistas.
Fonte: http://forum.jogos.uol.com.br/GAMES-ANTIGOS-QUE-SAO-LINDOS-AOS-SEUS-OLHOS+POSTE-FOTOS-CHAMPZ_t_857047?page=11Legenda: Stênio é o melhor do jogo! De todos os jogadores, acho que só sobrou o Marcos!
Mais importante do que acumular pontos, até porque não se trata de um campeonato de pontos corridos como o Campeonato Brasileiro, é importante acumular moral, e nesse sentido, o comportamento do time tem sido excepcional em cada jogo demonstrando que a despeito do futebol-arte que o Santos tem praticado nos últimos anos, o futebol-força ainda consegue bons resultados tanto em pontos quanto em motivação.
Per favore non me rompere i coglioni...
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