Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,hollande-e-a-guerra-,984367,0.htm
Data: 15 de janeiro de 2013
Depois da aquisição de mais um animal de estimação, no meu caso de muito pouca estima e muito mais de ação, estou cada vez mais ansioso para retornar às aulas. Muitas coisas mudarão esse ano e ainda que isso cause um pouco de ansiedade e inseguraca, ainda é muito melhor do que permanecer em casa.
Escrevo sobre a volta pois leio as notícias no jornal e acho que cada vez mais será difícil falar sobre política para adolescentes de 8º ano com as últimas reviravoltas na França: os franceses elegem um candidato politicamente socialista, mas de orientação liberal que legaliza a união homossexual (e com isso a adoção por casais homossexuais) diante de protestos do povo (estatísticas mostram segundo notícias do Estado de São Paulo que a sociedade está bastante dividida acerca do tema, alguns institutos de pesquisa apontando mesmo uma divisão precisa de 50% contra e 50% a favor) e enquanto isso uma política pós colonialista no Mali procura legitimação nos centros de poder internacionais como a ONU.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eug%C3%A8ne_Delacroix_-_La_libert%C3%A9_guidant_le_peuple.jpg. Legenda: Eugène Delacroix (1798–1863) "La Liberté guidant le peuple" ou "A Liberdade Guiando o Povo" (1830)
Mesmas posturas, diferentes bandeiras. Acho que essa três imagens são bastante relevantes para se pensar a França atual: o povo se omvendo diante de interesses da burguesia francesa acabando com séculos de dominação religiosa desde Carlos Magno e os francos até o absolutismo do Rei-Sol, Luís XIV, no século XVII; a submissão ao liberalismo anglo-norte-americano Tatcher(ela estava internada no início do ano, o que será dela hoje?)/Reagan nos anos 80 brilhantemente caracterizado por Silvester Stallone (sinceramente um dos diretores senão brilhantes no que diz respeito à concepção artística, brilhante no que que diz respeito à comunicação em massa) e os protestos dessa semana, uma imagem simbólica de protestos contra essa liberdade pela qual tanto se lutou durante tanto tempo...
Já li algumas vezes e ouvi na rádio Estadão (digno de nota: uma pena o fim da parceria Estadão/ESPN, ainda mais triste o fim da radio ESPN... Estou procurando a rádio Bradesco para suprir minha carência de esportes no rádio, mas a equipe da ESPN é excelente. Mais notícias esse portal de imprensa me pareceu bastante interessante. Clica aqui!) o jornalista Gilles Lapouge, enviado especial do Estadão a Paris, noticiando notícias do Velho Mundo e achei bastante interessante sua opinião no dia 15 de janeiro: a situação do Mali preocupa a França não por um ressurgimento de um suposto neoneocolonialismo como Lapouge afirma num determinado momento, mas pelo que afirma no final do artigo "Por que Hollande entendeu que era necessário salvar o Mali? O Mali é um país imenso, miserável, semidesértico, no centro do Sahel. Faz fronteira com Argélia, Mauritânia, Senegal, Guiné, Costa do Marfim, Burkina Fasso, Níger. Todos esses países são permeáveis. Suas fronteiras são mal fiscalizadas. Seus governos são fracos (exceto Argélia e Senegal). No caso de o Mali ser submetido à lei de ferro do islamismo, o vírus poderá atravessar as fronteiras e ser criado um império islâmico numa área imensa do continente africano. A partir daí, o terror poderá ser exportado e atacar, quando necessário, o Mediterrâneo e a França."
Essa mesma conclusão é atingida por Vicky Huddlestone (o Estado de São Paulo não cita a fonte da notícia em seu site! Quem escreve é Vicky Huddlestone, embaixandora norte americana, e quem publica é o New York Times) em artigo no jornal de hoje (Clique aqui!) sempre ocupada em determinar por que o Mali interessa de um ponto de vista bastante ianque.
Como representou com genialidade (nunca vou me cansar de escrever isso) o Coringa de Heath Ledger (muitos vídeos estão no Youtube para conferir sua filosofia do terror) no filme "Batman Cavaleiro das Trevas" de Christopher Nolan, o terror é o grande inimigo da da cristandade ocidental no século XXI, como um câncer que é gerado dentro do sistema até consumí-lo completamente. Aliás o cinema tem retomado essa ideia recorrentemente desde "Matrix", passando por "Batman Cavaleiro das Trevas", recentemente com "Os Vingadores" e um dos melhores filmes de James Bond "007 - Skyfall", porém, antes de todos eles Marx afirmava já no Manifesto Comunista que todo sistema carrega dentro de si a semente da sua própria destruição.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:William_Merritt_Chase_Keying_up.jpg. Legenda: "Keying Up - the Court Jester" (1875) de William Merritt Chase, pintor norte-americano do início do século XX. O bobo da corte, imagem na qual se inspira o Coringa de Batman, era uma personagem relativamente comum na Europa medieval contratada para entreter a nobreza, podendo através do humor criticar o poder vigente.
Há uma confusão no que o Coringa de Ledger diz no filme com a realidade: o discurso da persongam é de anarquia, mas não se trata apenas de anarquia, se trata de terror, palavra escrita em maiúscula depois do ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas. O discurso esquerdista dos anos 90 de que as guerras ao redor do mundo tratavam de disputas por recursos naturais, sobretudo petróleo, já não vale mais, até porque essas guerras por recursos se consolidaram no anos 8o quando a URSS já falida não podia mais competir economicamente com os EUA que instalaram autocratas por todo o Oriente Médio e norte da África. Nos primeiros anos do século XXI essas autocracias se rebelaram como Saddan Houssein e Osama Bin Laden, e a sua estratégia foi o Terror.
Talvez um dos maiores responsáveis pela ausência de preocupação com os recursos naturais, não do ponto de vista ecológico, pois nenhuma das conferências ambientais - como a Eco 92 realizada no Rio de Janeiro - foram conclusivas, mas do ponto de vista econômico, talvez a única forma de efetivamente atuar para mudança nos padrões de consumo desses recursos, é o cientista indiano Rajendra Kumar Pachauri, que fraudou resultados de pesquisas científicas no IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) para comprovar o derretimento dos pólos e um colapso climático que colocaria em risco a humanidade.
Fonte: http://wevelostcontrol.com/2011/10/25/thomas-hoepker-911-from-brooklyn/. Legenda: foto de Thomas Hoepker do atentyado às Torres Gêmeas visto do Brooklin.
Sobre a África, essa ideia já circula há muito tempo na mídia, mas ainda a força da propaganda com os bordões "faça sua parte"ao estilo Coca-Cola impedem uma reflexão crítica: "Pelo amor de Deus! Parem de ajudar a África!". Parece simples aceitar a ideia de James Shikwati como forma de se livrar da responsabilidade moral que temos enquanto membros da cristandade occidental em ajudar a África (Clique aqui!), verdadeiramente nossa civilização é a grande responsável pelo caos reinante nos países africanos e tentar "ajudar"só tem fortalecido as relações entre instituições (sobretudo de petroleiras, mineradoras, e farmacêuticas) e autocracias tribais. Fechar os olhos não seria simples, mas abrí-los demais como no caso de Ruanda não tem contribuído para a autonomia africana.
Data: 15 de janeiro de 2013
Depois da aquisição de mais um animal de estimação, no meu caso de muito pouca estima e muito mais de ação, estou cada vez mais ansioso para retornar às aulas. Muitas coisas mudarão esse ano e ainda que isso cause um pouco de ansiedade e inseguraca, ainda é muito melhor do que permanecer em casa.
Escrevo sobre a volta pois leio as notícias no jornal e acho que cada vez mais será difícil falar sobre política para adolescentes de 8º ano com as últimas reviravoltas na França: os franceses elegem um candidato politicamente socialista, mas de orientação liberal que legaliza a união homossexual (e com isso a adoção por casais homossexuais) diante de protestos do povo (estatísticas mostram segundo notícias do Estado de São Paulo que a sociedade está bastante dividida acerca do tema, alguns institutos de pesquisa apontando mesmo uma divisão precisa de 50% contra e 50% a favor) e enquanto isso uma política pós colonialista no Mali procura legitimação nos centros de poder internacionais como a ONU.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eug%C3%A8ne_Delacroix_-_La_libert%C3%A9_guidant_le_peuple.jpg. Legenda: Eugène Delacroix (1798–1863) "La Liberté guidant le peuple" ou "A Liberdade Guiando o Povo" (1830)
Fonte: http://80ssoundtracksaor.blogspot.com.br/2010/06/rocky-iv-score-2010.html. Legenda: uma das capas do filme Rocky IV, de Silvester Stallone (1985).
Fonte: http://www.amigodecristo.com/2012/11/casamento-gay-causa-protestos-contra-e-a-favor-na-franca.html. Legenda: protestos dessa semana contra a união homossexual na França aprovada pelo presidente Fraçois Hollande dia 14 de janeiro.
Mesmas posturas, diferentes bandeiras. Acho que essa três imagens são bastante relevantes para se pensar a França atual: o povo se omvendo diante de interesses da burguesia francesa acabando com séculos de dominação religiosa desde Carlos Magno e os francos até o absolutismo do Rei-Sol, Luís XIV, no século XVII; a submissão ao liberalismo anglo-norte-americano Tatcher(ela estava internada no início do ano, o que será dela hoje?)/Reagan nos anos 80 brilhantemente caracterizado por Silvester Stallone (sinceramente um dos diretores senão brilhantes no que diz respeito à concepção artística, brilhante no que que diz respeito à comunicação em massa) e os protestos dessa semana, uma imagem simbólica de protestos contra essa liberdade pela qual tanto se lutou durante tanto tempo...
Já li algumas vezes e ouvi na rádio Estadão (digno de nota: uma pena o fim da parceria Estadão/ESPN, ainda mais triste o fim da radio ESPN... Estou procurando a rádio Bradesco para suprir minha carência de esportes no rádio, mas a equipe da ESPN é excelente. Mais notícias esse portal de imprensa me pareceu bastante interessante. Clica aqui!) o jornalista Gilles Lapouge, enviado especial do Estadão a Paris, noticiando notícias do Velho Mundo e achei bastante interessante sua opinião no dia 15 de janeiro: a situação do Mali preocupa a França não por um ressurgimento de um suposto neoneocolonialismo como Lapouge afirma num determinado momento, mas pelo que afirma no final do artigo "Por que Hollande entendeu que era necessário salvar o Mali? O Mali é um país imenso, miserável, semidesértico, no centro do Sahel. Faz fronteira com Argélia, Mauritânia, Senegal, Guiné, Costa do Marfim, Burkina Fasso, Níger. Todos esses países são permeáveis. Suas fronteiras são mal fiscalizadas. Seus governos são fracos (exceto Argélia e Senegal). No caso de o Mali ser submetido à lei de ferro do islamismo, o vírus poderá atravessar as fronteiras e ser criado um império islâmico numa área imensa do continente africano. A partir daí, o terror poderá ser exportado e atacar, quando necessário, o Mediterrâneo e a França."
Essa mesma conclusão é atingida por Vicky Huddlestone (o Estado de São Paulo não cita a fonte da notícia em seu site! Quem escreve é Vicky Huddlestone, embaixandora norte americana, e quem publica é o New York Times) em artigo no jornal de hoje (Clique aqui!) sempre ocupada em determinar por que o Mali interessa de um ponto de vista bastante ianque.
Como representou com genialidade (nunca vou me cansar de escrever isso) o Coringa de Heath Ledger (muitos vídeos estão no Youtube para conferir sua filosofia do terror) no filme "Batman Cavaleiro das Trevas" de Christopher Nolan, o terror é o grande inimigo da da cristandade ocidental no século XXI, como um câncer que é gerado dentro do sistema até consumí-lo completamente. Aliás o cinema tem retomado essa ideia recorrentemente desde "Matrix", passando por "Batman Cavaleiro das Trevas", recentemente com "Os Vingadores" e um dos melhores filmes de James Bond "007 - Skyfall", porém, antes de todos eles Marx afirmava já no Manifesto Comunista que todo sistema carrega dentro de si a semente da sua própria destruição.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:William_Merritt_Chase_Keying_up.jpg. Legenda: "Keying Up - the Court Jester" (1875) de William Merritt Chase, pintor norte-americano do início do século XX. O bobo da corte, imagem na qual se inspira o Coringa de Batman, era uma personagem relativamente comum na Europa medieval contratada para entreter a nobreza, podendo através do humor criticar o poder vigente.
Há uma confusão no que o Coringa de Ledger diz no filme com a realidade: o discurso da persongam é de anarquia, mas não se trata apenas de anarquia, se trata de terror, palavra escrita em maiúscula depois do ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas. O discurso esquerdista dos anos 90 de que as guerras ao redor do mundo tratavam de disputas por recursos naturais, sobretudo petróleo, já não vale mais, até porque essas guerras por recursos se consolidaram no anos 8o quando a URSS já falida não podia mais competir economicamente com os EUA que instalaram autocratas por todo o Oriente Médio e norte da África. Nos primeiros anos do século XXI essas autocracias se rebelaram como Saddan Houssein e Osama Bin Laden, e a sua estratégia foi o Terror.
Talvez um dos maiores responsáveis pela ausência de preocupação com os recursos naturais, não do ponto de vista ecológico, pois nenhuma das conferências ambientais - como a Eco 92 realizada no Rio de Janeiro - foram conclusivas, mas do ponto de vista econômico, talvez a única forma de efetivamente atuar para mudança nos padrões de consumo desses recursos, é o cientista indiano Rajendra Kumar Pachauri, que fraudou resultados de pesquisas científicas no IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) para comprovar o derretimento dos pólos e um colapso climático que colocaria em risco a humanidade.
Fonte: http://wevelostcontrol.com/2011/10/25/thomas-hoepker-911-from-brooklyn/. Legenda: foto de Thomas Hoepker do atentyado às Torres Gêmeas visto do Brooklin.
Sobre a África, essa ideia já circula há muito tempo na mídia, mas ainda a força da propaganda com os bordões "faça sua parte"ao estilo Coca-Cola impedem uma reflexão crítica: "Pelo amor de Deus! Parem de ajudar a África!". Parece simples aceitar a ideia de James Shikwati como forma de se livrar da responsabilidade moral que temos enquanto membros da cristandade occidental em ajudar a África (Clique aqui!), verdadeiramente nossa civilização é a grande responsável pelo caos reinante nos países africanos e tentar "ajudar"só tem fortalecido as relações entre instituições (sobretudo de petroleiras, mineradoras, e farmacêuticas) e autocracias tribais. Fechar os olhos não seria simples, mas abrí-los demais como no caso de Ruanda não tem contribuído para a autonomia africana.





Nenhum comentário:
Postar um comentário