sábado, 23 de março de 2013

Imagem da semana




Fonte: http://www.gurtswanenberg.com/site/paintings/Cryptozoology/
Autoria: Gurt Swanenberg

"Batatinha quando nasce..."

Problemas técnicos no pc...

Voltando em grande estilo...

"I'm not crazy about reality, but it's still the only place to get a decent meal."

Groucho Marx

domingo, 17 de março de 2013

Imagem da semana

 A view from Szczeliniec to Owls Mountains and Klodzko valley, Poland. (© Pawel Uchorczak, Poland, 2013 Sony World Photography Awards) #

A imagem foi a 7a colocada no prêmio 2013 Sony World Photography Awards. Outras fotografias aqui.

"Batatinha quando nasce..."

Da abertura do meu próximo audiobook...

"No man is an Island, intire of it selfe; every man is a peece of the Continent, a part of the maine; if a Clod bee washed away by the Sea, Europe is the lesse, as well as if a Promontorie were, as well as if a Mannor of thy friends or of thine owne were; any mans death diminishes me, because I am involved in Mankinde; And therefore never send to know for whom the bell tolls; It tolls for thee."

John Donne

sexta-feira, 15 de março de 2013

Imagem da semana

Autoria: Charles Schultz

quarta-feira, 13 de março de 2013

"Batatinha quando nasce..."


Report from the Besieged City

Too old to carry arms and fight like the others -

they graciously gave me the inferior role of chronicler
I record - I don't know for whom - the history of the siege

I am supposed to be exact but I don't know when the invasion began
two hundred years ago in December in September perhaps yesterday at dawn
everyone here suffers from a loss of the sense of time

all we have left is the place the attachment to the place
we still rule over the ruins of temples spectres of gardens and houses
if we lose the ruins nothing will be left

I write as I can in the rhythm of interminable weeks
monday: empty storehouses a rat became the unit of currency
tuesday: the mayor murdered by unknown assailants
wednesday: negotiations for a cease-fire the enemy has imprisoned our messengers
we don't know where they are held that is the place of torture
thursday: after a stormy meeting a majority of voices rejected
the motion of the spice merchants for unconditional surrender
friday: the beginning of the plague saturday: our invincible defender
N.N. committed suicide sunday: no more water we drove back
an attack at the eastern gate called the Gate of the Alliance

all of this is monotonous I know it can't move anyone

I avoid any commentary I keep a tight hold on my emotions I write about the facts
only they it seems are appreciated in foreign markets
yet with a certain pride I would like to inform the world
that thanks to the war we have raised a new species of children
our children don’t like fairy tales they play at killing
awake and asleep they dream of soup of bread and bones
just like dogs and cats

in the evening I like to wander near the outposts of the city
along the frontier of our uncertain freedom.
I look at the swarms of soldiers below their lights
I listen to the noise of drums barbarian shrieks
truly it is inconceivable the City is still defending itself
the siege has lasted a long time the enemies must take turns
nothing unites them except the desire for our extermination
Goths the Tartars Swedes troops of the Emperor regiments of the Transfiguration
who can count them
the colours of their banners change like the forest on the horizon
from delicate bird's yellow in spring through green through red to winter's black

and so in the evening released from facts I can think
about distant ancient matters for example our
friends beyond the sea I know they sincerely sympathize
they send us flour lard sacks of comfort and good advice
they don’t even know their fathers betrayed us
our former allies at the time of the second Apocalypse
their sons are blameless they deserve our gratitude therefore we are grateful
they have not experienced a siege as long as eternity
those struck by misfortune are always alone
the defenders of the Dalai Lama the Kurds the Afghan mountaineers

now as I write these words the advocates of conciliation
have won the upper hand over the party of inflexibles
a normal hesitation of moods fate still hangs in the balance

cemeteries grow larger the number of defenders is smaller
yet the defence continues it will continue to the end
and if the City falls but a single man escapes
he will carry the City within himself on the roads of exile
he will be the City

we look in the face of hunger the face of fire face of death
worst of all - the face of betrayal
and only our dreams have not been humiliated

Zbigniew Herbert

terça-feira, 12 de março de 2013

Avanti squadra Palestrina! - São Paulo 0 x 0 Palmeiras

Apesar do empate em 0 x 0 com o São Paulo, mais um vez o Palmeiras jogou melhor que o adversário, sobretudo no segundo tempo como tem acontecido recorrentemente. A máxima utilizada para a seleção do Méximo nos anos 90, que teve times muito bons serve par ao alviverde de Parqua Antártica: Jogamos como nunca, perdemos como sempre.






Indiscutivelmente o Palmeiras de 2013 ainda que seja um time mais frágil, é superior ao Palmeiras de 2012. As características de bolas alçadas na área por Marcos Assunção e os arremates de Hernán Barcos relamente fazem falta, mas enquanto grupo o time está mais coeso (não que isso seja reflexo da dispensa dos dois jogadores citados), com muito mais habilidade no setor defensivo tanto entre seus volantes como entre seus zagueiros. Contudo, o alviverde ainda sofre, como muitos times do Brasil sofrem, com a falta de um meio armador que possa dar qualidade ao toque de bola e criatividade ao meio de campo, papel que se esperava ser desempenhado pelo chileno Valdívia, que a bem da verdade tem apresetando melhoras, mas ainda está muito aquém do jogador que ajudou o time a conquistar o campeonato paulista de 2008.

Felizmente, a imprensa pouco discute outro fator importante: a inexperiência do técnico Gilson Kleina, que debuta na taça Libertadores da América. Algumas variações táticas tem apresentado resultados interessantes como o aprimoramento de alguns jogadores como segundos volantes como Souza (que já vinha fazendo a função no Náutico), Vilson e até Márcio Araújo, contudo, ainda que conte com um elenco muito mais numeroso que o do ano passado, muitos jogadores ainda não corresponderam às expectativas e o time ainda está carente em algumas posições como a lateral esquerda, meio de campo e ataque.

Talvez o grande dilema de todo torcedor palmeirense como eu, seja simples: o que esperar desse time? Gostari de me reportagem a uma postagem de PVC para opinar sobre isso:

O exemplo do Coritiba deve ser seguido pelo Palmeiras. Ou a Mancha acabará com o clube

A relação das torcidas uniformizadas do Palmeiras com a nova diretoria começou meio torta. As torcidas, assim no plural, pediram ajuda para o transporte para os jogos fora de casa. A diretoria negou. É provável que o ataque aos jogadores do Palmeiras no AeroPark, em Buenos Aires, tenha sido represália à recusa. O clube diz que quem conseguir chegar aos jogos como visitante terá ingresso. Mas não o transporte -- nem ingresso em jogos dentro do Pacaembu.

O certo é não ter nada!
É comprar ingresso ou ser sócio-torcedor e a polícia cumprir rigorosamente o lugar marcado no bilhete.
Sabe por que não se cumpre o lugar marcado no ingresso? Porque o Ministério Público manda vender ingresso na quadra de torcida uniformizada, no caso da Gaviões. E a polícia dificulta a fiscalização do que é meia entrada ou entrada inteira, no caso de outras torcidas.

Não sou contra a extinção das torcidas.
Sou a favor da prisão dos bandidos, a única coisa não testada até hoje até hoje.
Se aplicar as duas coisas, melhor.

Quando o Coritiba perdeu seus mandos de campo depois da batalha campal contra o Fluminense, em 2009, e a nova diretoria tomou posse, a primeira providência foi expulsar torcidas uniformizadas. Expulsar, em termos. A diretoria do Coxa proibiu entradas de camisas e faixas de torcedores. A punição durou o primeiro ano e a relação voltou a ser mais próxima.
Mas a direção do Coritiba segue dizendo que as torcidas só entram com faixas e camisas seguindo algumas ordens: 1. para cada bandeira de torcida deve haver uma bandeira do clube; 2. o clube não dá dinheiro, passagem, óleo diesel nem qualquer subsídio para os torcedores.

Neste momento, a única coisa possível ao Palmeiras é repetir o que o Coritiba fez.
Ou encerrar suas atividades no futebol. Se todos os jogadores do Palmeiras forem à Justiça pedindo anulação de seus contratos alegando falta de segurança no trabalho, podem fazer.

Só para lembrar: as torcidas uniformizadas do Palmieiras,nos últimos cinco anos, agrediram Vágner Love (foi embora), Vanderlei Luxemburgo (foi embora), hostilizaram Diego Souza (foi embora), bateram em João Vítor (foi embora), agrediram Fabinho Capixaba, que nem joga, cortaram a orelha de Fernando Prass, em Buenos Aires...

Quem quer jogar no Palmeiras? O Paulo Serdan? 

Fonte: http://espn.estadao.com.br/post/314529_o-exemplo-do-coritiba-deve-ser-seguido-pelo-palmeiras-ou-a-mancha-acabara-com-o-clube

O que se pode esperar do time talvez seja o mesmo que se pode experar da torcida. Particularmente repudio o que alguins torcedores que a mídia entitula "a torcida do Palmeiras" em praticado, não apenas hoje, ams desde que entrei num estádio de futebol no final dos anos 80. Seria momento de verdadeiros torcedores se manifestarem através de redes sociais para mostrar, não à mídia, mas à diretoria, que tem feito um importante trabalho no clube, e aos jogadores que existem verdadeiros torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras, que amam o clube por ele mesmo.

O futebol brasileiro vive um momento triste e o Palmeiras reflete isso mais do que nenhum outro clube... Minha impressão nõa poderia ser mais precisa do que esse texto escrito por Roberto Vieira e publicado no blog do Juca Kfuri.

O dia em que o futebol brasileiro acabou

Por ROBERTO VIEIRA

Foi devagarzinho.
Primeiro a internet.
Depois o vizinho que perdeu seu filho.
Morto por uma torcida organizada.
Vieram as manchetes de máfia no apito.
Máfia da loteria.
Convocações compradas a peso de ouro.
A miséria também colaborou.
No dia em que desapareceu o último miserável do Brasil.
Onde encontrar jogador?
Nas escolinhas da classe alta e média?
Vieram as Arenas.
Luxuosas casas de espetáculo.
Camarotes vips desprovidos de negros e mulatos.
Um aqui outro acolá.
Skate, cubo, facebook, playstation, laptop, ipad e google.
Corrupção?
A política já era mais que suficiente.
Dirigente e propina encheram o saco.
Os brasileiros foram ficando em casa.
Diante da televisão.
Cansados dos elefantes brancos pós-Copa.
Maracanã transformado em estacionamento.
Cansados de Joões, Ricardos, Josés, Lucianos, Euricos e Edilsons.
Os clubes foram sumindo.
Restaram quarenta.
Depois trinta.
Vinte.
Treze.
Criaram uma NBA tupiniquim.
Mas sem aquela paixão romântica nascida nos estaduais.
Nas bolas de gude.
No menino que amava o Sampaio Correia, o Treze, o Carlos Renaux.
Restou apenas lá e lô.
Foi nesse dia.
O dia em que cartolas e homens de mídia.
Atingiram sua tão sonhada solução final.
O dia em que o futebol brasileiro acabou…

Fonte: http://blogdojuca.uol.com.br/

Como sempre digo, como torcedor, vou torcer sempre... Até o fim... Para o futebol e para o meu alviverde imponenente, que é muito maior do que qualquer criminoso vestido de verde.

Per favore non me rompere i coglioni...

Imagem da semana


Autoria Benett
Fonte: http://blogdobenett.blog.uol.com.br/

segunda-feira, 11 de março de 2013

"Batatinha quando nasce..."

Acho que mais me imagino
do que sou
ou o que sou não cabe
no que consigo ser
e apenas arde
detrás desta máscara morena
que já foi rosto de menino.

Conduzo
sob minha pele
uma fogueira de um metro e setenta de altura.

Não quero assustar ninguém.
Mas se todos se escondem no sorriso
na palavra medida
devo dizer
que o poeta gullar é uma criança
que não consegue morrer

e que pode
a qualquer momento
desintegrar-se em soluços.

Você vai rir se lhe disser
que estou cheio de flor e passarinho
que nada
do que amei na vida se acabou:
e mal consigo andar
tanto isso pesa.

Pode você calcular quantas toneladas de luz
comporta
um simples roçar de mãos?
ou o doce penetrar
na mulher amorosa?

Só disponho de meu corpo
para operar o milagre
esse milagre
que a vida traz
e záz
dissipa às gargalhadas.


Detrás do rosto - Ferreira Gullar

Fonte: http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/2009/10/detras-do-rosto-ferreira-gullar.html
Autoria Ferreira Goullar

domingo, 10 de março de 2013

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Autoria Maria Zaikina
Fonte: http://www.yayart.com/people/mariazaikina/

Midiofobia - A rara coragem de Bradley Manning


Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/03/a-rara-coragem-de-bradley-manning.html
Data: 10 de março de 2013

Apesar de tentar evitar voltar ao assunto de Julian Assange, o fundador do Wikileaks, não posso evitar:  definitivamente, o cyber ativista australiano é, na minha opinião, um dos principais órfãos do desencantamento da humanidade pós-queda do muro de Berlim, e, ainda que não proponha uma alternativa ao capitalismo neoliberal do século XXI, cumpre uma função importante do ponto de vista político.

Apesar da repercussão negativa da crítica e de público, o filme "Cosmópolis" (2012) de David Cronenberg, uma resposta do capitalismo neo liberal ao capitalismo industrial do início do século XX representado com genialidade por Fritz Lang em "Metrópolis" (1927), constata cinematograficamente esse esvaziamento moral. A frase de abertura baseada no poema de Zbigniew Herbert  é incônica: "Um rato tornou-se moeda monetária” ("A rat became the unit of currency").



Foi a partir de uma denúncia no Wikileaks de Assange que o soldado norte-americano Bradley Manning (nome curiosamente composto de nomes de quartebacks da NFL) foi preso. Manning divulgou o vídeo que ficou conhecido como Collateral Murder (Assassino Colateral), no qual, durante a invasão do Iraque, soldados norte-americanos assassinam civis. Essa semana Manning fez suas primeiras declarações públicas após o confinamento. Vale a pena ler aqui.



Além de não conseguir sensibilizar a sociedade e a mídia (inclusive os periódocos, New York Times e Washington Post ignoraram a o vídeo oferecido por Manning) para investigação, Manning também foi submetido a torturas como isolamento em cela solitária, pois o isolamento pode levar a alucinações, catatonia e suicídio.

Definitivamente, o discurso mais razoável que ouvi sobre a democracia ocidental nos últimos anos foi o discurso do ditador Aladeen do filme "O Ditador" (2012) de Sacha Baron Cohen que dispensa comentários (apesar de estar dubaldo e cortado parcialmente).


Mais uma vez, o paóis que em seu hino nacional anuncia ser "the land of the free and the home of the brave" dá demonstrações de que o modelo de sociedade ocidental está cada vez mais esgotado.

sábado, 9 de março de 2013

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Autoria Jim Davies

"Batatinha quando nasce..."

"Quando me sinto desesperadamente miserável, leio Thomas Bernhard. Tem o efeito de um elixir, que me acalma pela visão de que é melhor não esperar muito da vida. Uma dose de Bernhard deixa claro que a única esperança é continuarmos sendo quem somos. Os escritos de Bernhard sugerem que a maior estupidez é abandonarmos nossos hábitos e nossas paixões na expectativa de uma vida melhor. A vida, meus amigos, nunca será mais do que aquilo que nossas paixões e perversões dela fizeram."

Orhan Pamuk

Abujamra declamando!

quarta-feira, 6 de março de 2013

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Autoria: André Dahmer
Fonte: http://www.malvados.com.br/

terça-feira, 5 de março de 2013

Midiofobia - Queda da audiência do ‘JN’ é um alerta para a imprensa


Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/queda_da_audiencia_do_jn_e_um_alerta_para_a_imprensa
Data: 27 de fevereiro de 2013

Quando batizei esse espaço de midiofobia, a proposta era questionar as possibilidades de mídia que temos no Brasil, especificamente em São Paulo, além de escrever sobre fatos noticiosos ou sobre a maneira que esses fatos são tratados pela imprensa. Aos poucos conheci outras formas de mídia um pouco mais independentes.

Entre essas uma indicação para os interessados é o site do Observatório da Imprensa (para conhecer clique aqui!), que traz notícias e notícias sobre notícias, como essa que obviamente não vai sair no jornal. O artigo de Carlos Castilho defende que desde de 1990 "este público [150 milhões de brasileiros que todas as noites ligam a TV] perdeu a atração quase mística pelo noticiário na televisão", em particular pela queda de audiência do Jornal Nacional, afirmando que o público brasileiro possui um "posicionamento desconfiado, distante e cético" em relação à imprensa.

Definitivamente dos anos 90 para hoje, o perfil da população mudou bastante. A abordagem de Castilho defende que a mídia não acompanhou a mudança do perfil do brasileiro e por isso essa audiência que entre 1970 e 1990 chegava a 80% de média no noticioso globo das 29 hrs, hoje atinge "apenas" 27% do 150 milhões de televisores ligados no horário, entre essa mudança no perfil do telespectador, Castilho elenca a postura marqueteira do jornal ("mais preocupados com sua imagem pessoal do que com a informação"), sua postura elitista ("Os jornais, revistas e telejornais se preocuparam mais com os formadores de opinião e tomadores de decisões do que com o público, que foi aos poucos perdendo a confiança naquilo") e as novas tecnologias de comunicação (sobretudo em redes sociais e internet que se constituiem em mídias alterantivas às notícias globais).

Porém, Castilho parece tratar de um brasileiro idela, que pensa sobre as notícias, que reflete sobre o que se escreve, quem esscreve, como escreve, como ilustra... se assim fosse não teríamos no nosso país tantos Sarneys, Calheiros e Magalhães, ou ao menos, não os teríamos eleitos como foram...


Na minha opinião, uma das boas alternativas à grade mídia, é outra grande mídia: o Jornal da Cultura (segunda a sábado, 21 hrs), no qual a apresentadora, Maria Cristina Poli, traz os principais fatos noticiosos do dia, debatendo-os juntamente com pessoas extremamente interessantes como o historiador Marco Antonio Villa e o médico Paulo Saldiva, permitindo ao público ouvir formadores de opinião e formar sua própria. O site está disponível nesse link e é possivel assistir ao vivo clicando em "ao vivo".



segunda-feira, 4 de março de 2013

"Batatinha quando nasce..."

Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.

Quando eu morrer quero ficar - Mario de Andrade

Fonte: http://pensador.uol.com.br/frase/MTAyMTU1/

domingo, 3 de março de 2013

Imagem da semana





Autoria própria