Data: 9 de março de 2008
No momento em que a mídia mundial voltava suas lentes para a escolha da cidade-sede na qual será realizada os Jogos Olímpicos de de 2016, um artigo publicado pelo jornal novaiorquino The New York Times descentralizou a discussão dos casos de doping relacionados ao esporte, sobretudo a atletas praticantes de esportes olímpicos que em breve estarão competindo pelas vagas olímpicas para as Olimpíadas de 2012 em Londres.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge concluiu que entre os pesquisadores da universidade pelo menos uma dúzia utilizam alguma droga estimulante como Adderall e Provigil sem prescrição média e sem propósitos médicos para aumentarem sua capacidade de produção intelectual.
Como diz o polêmico filósofo norte-americano, Francis Fukuyama: "O objetivo original da medicina é curar os doentes, e não fazer de pessoas saudáveis deuses".

Fonte: http://www.manhuntblog.com.br/
Legenda: o jogador do S.C. Corinthians Ronaldo, que antes de ser contratado pelo clube estava bastante acima do peso ideal até para um homem sedentário. Recentemente Ronaldo fez uma lipoaspiração, sendo acusado pelo fisiologista do São Paulo F.C., Turíbio Leite de Barros, de doping
Segundo Martha Farah, diretora do departamento de Neorociência Cognitiva da Universidade da Pensilvânia, não existe comparação com o esporte, pois no esporte trata-se de uma competição, contudo, muitas instituições submetem seus pesquisadores contratualmente a apresentar resultados de suas investigações em forma de publicações, sob a pena da suspensão da verba de pesquisa. Assim, a precarizaçao das relações de trabalho, juntamente com as demandas de corporações que patrocinam o mecenato científico e a crescente especialização de mão-de-obra em todos os setores, criam condições para uma competitividade que compromete a estabilidade financeira e emocional de cientistas; as drogas surgem como uma possibilidade de manter essa estabilidade, ainda que isso seja considerado por muitos anti-ético.
Fonte: http://www.lawrencelab.org/Legenda: cena do filme Platoon (1986), "a primeira casualidade da guerra é a inocência", a enorme produção cinematográfica em torno da guerra do Vietnã expôs as fragilidades do governo norte-americano que forneceu drogas às tropas para que ficassem mais alertas
Por outro lado, a partir do momento que as drogas são capazes de ampliar consideravelmente a capaciade de produção, em que medida a prescrição dessas drogas não seria recomedável para cientistas que estudam uma possibilidade de cura do câncer? Segundo uma mensagem anônima postada no site de um dos centros de pesquisa sobre o assunto, "estou falando sobre ter a capacidade de assumir duas vezes mais responsabilidades, trabalhar duas vezes mais rápido, escrever de maneira mais efetiva, administrar melhor, estar mais atento, elaborar e desenvolver estratégias mais criativas".
Também durante muitas guerras, principalmente as guerras que ocorreram ao longo do século XX, foram prescritas drogas aos soldados para que estivessem mais despertos para a batalha, o que nos leva a pensar que não se trata exatamente de uma questão de efetividade e legalidade das drogas, mas mais do que isso, do propósito a que essa efetividade serve, ainda que seja um propósito aparentemente nobre quanto a cura de doenças degenerativas como o mal de Alzheimer.

Autoria reprodução
Fonte: http://usuarios.lycos.es/
Legenda capa do filme "O Jardineiro Fiel" que mostra como empresas farmacêuticas enriquecem ao custo de vidas humanas, mas também as salvam

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