quarta-feira, 30 de março de 2011

Avanti squadra Palestrina! - Palmeiras 3 X 0 Bragantino

Há muitos anos não compareceia a uma aprtida de futebol no estádio do Canindé. Acho que a última vez fui a um show de rock, se não me engano um festival que prometia ser o novo "Monsters Of Rock" assassinado pela Phillips, afinal se o rock morreu, foi por causa da Phillips...

Minha companhia, um colega estrangeiro deve ter se assustado com a falta de organização e de respeito com a qual os torcedores eram tratados para entrar no estádio. Treinei muito meu inglês para explicar a ele o que era um "cambista", pois a fila para comprar ingressos meia hora antes do início do jogo era de mais de 200 metros. Também tive dificuldade em falar o que é uma "várzea", pois o descampado conhecido como a entrada lateral do Canindé estava ocupado por carros e lixo.

Coo acontece quando voltamos a algum lugar que visitamos quando criança ele nos parece maior, parecia que eu havia crescido diante do estádio da Lusa, mas a verdade é que a torcida animada pelo bom resultado contra o Linense e Uberaba, além do belo dia para acompanhar uma partida de futebol (coisa que não acontecia há algum tempo durante os dias de jogos do alviverde), compareceu maciçamente e assistiu a uma o partida longe de ser brilhante, mas bem disputada e administrada pelo time de Parque Antártica.

Há alguns jogos o time conquistou confiança para vencer mesmo sem a presença de jogadores essenciais como Valdívia e Kléber, sempre muito exigidos por sua qualidade técnica. Convenhamos que disputou esses jogos contra times tecnicamente mais fracos, o que facilita o resultado, mas ainda assim, o que é mais importante enquanto torcedor é a reconquista da confiança perdida há meses, talvez anos. Hoje, eu, torcedor fanático, assisto a um jogo do alviverde de Palestra Itália muito mais seguro de que situações como a derrota para o Goiás na Taça Sul-Americana de 2010 não acontecerão com tanta frequência.

Assim fica a pergunta: o que houve para que essa confiança fosse retomada? Muitas vezes procuramos respostas ativas, mas acredito sinceramente que a resposta para essa pergunta é passiva. NÃO existe tanta intriga política, NÃO existem mais contratações milionárias (me desculpe Rivaldo, mas nao se trata do Felipão não o querer no time, mas sim o clube não ter condições financeiras de pagá-lo), NÃO existe interferência administrativa no trabalho do treinador, NÃO existe mais disputa judicial com a WTorre (ainda que eventuais detalhes contratuaisa sejam traziados à tona pela imprensa eventualmente), NÃO existem mais grandes diferenças salariais (apesar do salário do treinador Luis Felipe Scolari ser muito acima dos outros, mas reconhecidamente por ser um dos maiores responsáveis pela boa fase do time), NÃO existe mais pressão da torcida, NÃO existe tanto cobrança da imprensa sobre o time, enfim, o clube se tornou, novamente um clube com u bom ambiente de trabalho.


Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Super_Bowl_XLIII_-_Thunderbirds_Flyover_-_Feb_1_2009.jpg
Legenda: Final do 43º Super Bowl e 2009. O estádio, quase igual ao estádio do Canindé, a organização, quase igual à da diretoria do Palmeiras.

Hoje, olhando com algum afastamento dos fatos, pois é isso que fazem os historiadores, acredito que não se trata apenas de um momento político do clube, mas de um momento político aliado a uma euforia devido à eleição de Luiz Gonzaga Belluzo, um ótimo economista, mas péssimo presidente de clube, juntamente com uma pressão midiática enorme.

Se estou satisfeito com a diretoria? Com o time? Com o treinador? Nunca se deve fazer essa pergunta ao um torcedor, mas se estou feliz com os resultados que o time está obtendo? Sim, feliz com há muito tempo não me sentia. É muito bom ter a tranquilidade de uma quarta-feira sem jogo, não por ter sido elminado, ams por ter se classificado sem a necessidade de um jogo de volta.

Per favore non me rompere i coglioni...

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