Surpreendeu a todos o resultado do clássico do último domingo entre o alviverde de Palestra Itália diante do poderoso São Paulo Futebol Clube que mescla juventude com experiência, ainda que os resultados de fato ainda não tenham aparecido. É preciso lembrar que assim como a história, o futebol não está submetido variáveis exatas como as que comandam as ciências exatas como a matemárica, existe uma certa intuição que torna o futebol, assim como a história, irrestivelmente apaixonante.
Me parecia bastante óbvio que, a despeito do resultado frustrante do time do Palmeiras diante do Comercial-PI na Copa do Brasil, as expectativas por uma vitória eram muito maiores para o time do São Paulo, sobretudo devido aos últimos resultados como o 4 X 0 contra o Bragantino e o ótimo desempenho de jogadores do clube como Willian José, Casemiro e Lucas na seleção brasileira. Essa expectativa gera uma cobraça reforçada pela mídia esportiva que muitas vezes desestabiliza emocionalmente jogadores por sua falta de experiência, por uma situação desconfortável dentro do próprio clube, pela cobrança da torcida, entre tantos outros fatores.
Além disso, a despeito da dificuldade em atacar, o time do Palmeira possui a defesa com menos gols sofridos no campeonato e, ainda que não seja formada por jogadores de seleção brasileira, tem atuado muito bem nos últimos meses devido ao entrosamento entre Maurício Ramos e Danilo e ao treinamento no setor defensivo desenvolvido pelo técnico Luís Felipe Scolari. Infelizmente também esse, que é o setor mais eficiente do time, está comprometido, não pelas atuações de Thiago Heleno que tem apresentado um bom futebol, mas pela necessidade de um centroavante que só será negociado pela diretoria de futebol após cortes na folha de pagamento do clube, e isso ocorrerá com a venda da boa dupla de zaga titular até o meio do ano.
Outro ponto a favor do Palemiras para o empate foi a chuva que caiu torrencialmente sobre a cidade de São Paulo no domingo, apesar da excelente drenagem do estádio do Morumbi, certamente o mais preparado para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, o campo encharcado favorece ao time do Palmeiras que, assim como seu técnico, prima por um futebol-força em detrimento de um futebol arte.
Ainda que o empate tenha sabor de vitória, até pelo ótimo segundo tempo do clube palestrino e pela coletividade envolvida na jogada do gol, não posso me furtar de refletir sobre a personalidade do time em 2011: infelizmente o futebol-força de resultados apresentado pela Sociedade Esportiva Palmeiras não é uma opção, e sim uma necessidade diante do saneamento finanaceiro pelo qual passa o clube. Como torcedor que não pode, segundo o retrógrado estatuto do clube, participar da política do meu próprio time, resta protestar contra a situação atual e aguardar com paciência a continuidade na política da atual administração.
Per favore non me rompere i coglioni...
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