Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/115303-olho-da-rua.shtml
Data: 23 de junho de 2013
Pouco consegui racionalizar essas manifestações das últimas semanas, sobretudo devido ao fechamento do bimestre, imagino como o ompanheiro de profissão, professor de História Lucas Monteiro de Oliveira deve ter passado madrugadas insones para manter a liderança do movimento e corrigir provas!
Mas o que gostaria de escrever brevemente e sobre o aspecto artístico dos movimentos... Para além da compilação de tirinhas e charges que tenho postado semanalmente, vale a pena destacar reportagem genial da Folha de São Paulo em 23 de junho sobre a diversidade cultura e artística dos protestos (leia aqui e aqui, infelizmente sem imagens... dá pra visualizar alguns aqui, mas sem escapar das intermináveis estatísticas do DataFolha), que tomam emprestados referências da Revolução Russa, Maio de 68, Surrealismo, Caras Pintadas e tantos outros, afinal, é essa diversidade que é a marca mais forte de todos esses movimentos. Parabéns a Paulo Werneck e Silas Martí.
Também achei muito interessante as mensagens de cartzazes nas ruas, afinal muitas vezes o brasileiro confunde bom humor com humor bom, mas vale a pena dar uma olhada na revista de Folha de São Paulo da semana de 23 a 29 de junho, "V de vozes", sobretudo na concepção artística da capa. É difícil localizar na internet o que vive e respira no Facebook (não eu não possuo Face), mas vale a pena dar uma olhada no Tumbler dos "melhores" cartazes (clique aqui) além de tantos outros, um dos meus favoritos "Mãe, não me espera pra jantar".
Sem querer, ou por querer, a Fiat acabou emplacando o hit dos protestos, e ninguém perdeu tempo pra lucrar, por exemplo, designers que fazem campanhas desenvolvendo cartazes, veja aqui e aqui alguns exemplos. Nada contra, é uma boa forma de protestar e ganhar dinheiro, protesto não paga conta afinal.
Por fim, nas provas bimestrais do 2o bimestre, nas quais preciso observar os estudantes fazendo provas por duas horas sem poder fazer nada que não seja observá-los enquanto também sou observado por assistentes e coordenadores, procurei "ocupar" esse tempo para que passe mais rapidamente. Porém, entre minhas atividades como contar o número de meninos e meninas, destros e canhotos, loiros e morenos, canetas azuis e canetas pretas, lápis e lapiseiras, número de carteiras, possíveis casamentos entre os estudantes, número de pastilhas, área da sala, volume da sala, porcentagens disso tudo, cheguei à conclusão que definitivamente não sou um grande matemático. Felizmente pensei, eu, uma pessoa de prosa, numa poesia, o desafio da poesia é muito mais interessante que o desafio da prosa e ocupou muito bem meu tempo por diversos dias de forma muito menos prosaica do que a prosa.
Noite dos mascarados
Sob r e a fantasia
Negra touca ninja
Apaixonada por Guy Fawkes
Olhos sem vendam
Milhares marcham milícias
Via pavimentada de carne humana
Lábios se tocam
Fogo etéreo explode em nuvens digital
Flashes em vermelho e branco
Lacrimejantimoral
A multidão dispersa o Amor
O Estado cedeu afinal
Não são apenas vinte centavos
Autoria própria
Data: 23 de junho de 2013
Pouco consegui racionalizar essas manifestações das últimas semanas, sobretudo devido ao fechamento do bimestre, imagino como o ompanheiro de profissão, professor de História Lucas Monteiro de Oliveira deve ter passado madrugadas insones para manter a liderança do movimento e corrigir provas!
Mas o que gostaria de escrever brevemente e sobre o aspecto artístico dos movimentos... Para além da compilação de tirinhas e charges que tenho postado semanalmente, vale a pena destacar reportagem genial da Folha de São Paulo em 23 de junho sobre a diversidade cultura e artística dos protestos (leia aqui e aqui, infelizmente sem imagens... dá pra visualizar alguns aqui, mas sem escapar das intermináveis estatísticas do DataFolha), que tomam emprestados referências da Revolução Russa, Maio de 68, Surrealismo, Caras Pintadas e tantos outros, afinal, é essa diversidade que é a marca mais forte de todos esses movimentos. Parabéns a Paulo Werneck e Silas Martí.
Também achei muito interessante as mensagens de cartzazes nas ruas, afinal muitas vezes o brasileiro confunde bom humor com humor bom, mas vale a pena dar uma olhada na revista de Folha de São Paulo da semana de 23 a 29 de junho, "V de vozes", sobretudo na concepção artística da capa. É difícil localizar na internet o que vive e respira no Facebook (não eu não possuo Face), mas vale a pena dar uma olhada no Tumbler dos "melhores" cartazes (clique aqui) além de tantos outros, um dos meus favoritos "Mãe, não me espera pra jantar".
Sem querer, ou por querer, a Fiat acabou emplacando o hit dos protestos, e ninguém perdeu tempo pra lucrar, por exemplo, designers que fazem campanhas desenvolvendo cartazes, veja aqui e aqui alguns exemplos. Nada contra, é uma boa forma de protestar e ganhar dinheiro, protesto não paga conta afinal.
Por fim, nas provas bimestrais do 2o bimestre, nas quais preciso observar os estudantes fazendo provas por duas horas sem poder fazer nada que não seja observá-los enquanto também sou observado por assistentes e coordenadores, procurei "ocupar" esse tempo para que passe mais rapidamente. Porém, entre minhas atividades como contar o número de meninos e meninas, destros e canhotos, loiros e morenos, canetas azuis e canetas pretas, lápis e lapiseiras, número de carteiras, possíveis casamentos entre os estudantes, número de pastilhas, área da sala, volume da sala, porcentagens disso tudo, cheguei à conclusão que definitivamente não sou um grande matemático. Felizmente pensei, eu, uma pessoa de prosa, numa poesia, o desafio da poesia é muito mais interessante que o desafio da prosa e ocupou muito bem meu tempo por diversos dias de forma muito menos prosaica do que a prosa.
Noite dos mascarados
Sob r e a fantasia
Negra touca ninja
Apaixonada por Guy Fawkes
Olhos sem vendam
Milhares marcham milícias
Via pavimentada de carne humana
Lábios se tocam
Fogo etéreo explode em nuvens digital
Flashes em vermelho e branco
Lacrimejantimoral
A multidão dispersa o Amor
O Estado cedeu afinal
Não são apenas vinte centavos
Autoria própria

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