Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed750_controle_social_nao_e_censura
Data: 11 de junho de 2013
Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_historia_ainda_nao_foi_contada_falta_o_narrador
Data: 2 de julho de 2013
Uma das dificuldades em escrever sobre temas recentes é a profusão de comentários interessantes que aparecem, por exemplo, li o comentário de Alberto Dines no Observatório da Imprensa (clique aqui) e se pudesse voltaria atrás, iniciando a série de postagens com isso: "A história ainda não foi contada, falta o narrador". Me lembro de quando criança de assistir ao Observatório da Imprensa na TV Cultura, não sei se ainda existe na grade de programação, mas vale a pena visualizar o site semanalmente.
Em seu artigo, Dines aponta a dificuldade da imprensa em se tornar narrador dos protestos que vem ocorrendo no Brasil há um mês, afirmando que ainda falta quem narre o processo e dá indícios, e esse é o meu maior interesse, de que esse processo é muito maior do que as dimensões continentais da pátria tupiniquim ao citar a capa da revista The Economist.
Fonte: http://arch13.goldtent.org/?p=265798
Legenda: capa do último número da revista The Economist. No artigo de Dines: "Marianne (símbolo da República Francesa marcando a revolução de 1848), um hippie americano segurando um coquetel molotov e um ramo de flores (os protestos mundiais de 1968), o operário polonês Lech Walesa (representando o desabamento do império soviético em 1989) e, em 2013, uma jovem de jeans com um celular na mão tendo ao fundo as rebeliões no Cairo, Istambul e Rio"
Como narradora e participante do process, a mídia, segundo Dines não consegue dar conta de ambas funções, o que levou a outro artigo também no Observatório da Imprensa,escrito por Por Luciano Martins Costa em 18 de junho no qual afirma "A imprensa no limite" (clique aqui), no quaal recorre a uma metáfora bastante interessante para explicar o papel da mídia nos protestos: " O Estado de S. Paulo concluiu que o alvo dos protestos são os políticos. O Globo quase se transforma num panfleto dos manifestantes ao anunciar: “Um país que se mexe – o Brasil nas ruas”. A Folha de S. Paulo ensaia uma síntese perigosa e irresponsável ao afirmar que milhares vão às ruas “contra tudo”. [grifo meu: a Veja da última semana procura desqualificar o movimento através da reportagem das páginas amarelas com Maycon Freitas, veja aqui e aqui). Como na história indiana sobre os três cegos que tentam definir o que é o elefante, cada jornal apanha uma pata, um ventre, uma tromba e tenta descrever o todo por uma parte. A imprensa chegou ao limite de sua capacidade de interpretação – e costuma temer aquilo que não consegue decifrar."
Outro artigo que, junto com o Dines, apresenta reflexões sobre o aspecto global dessas propostas é o de Rachel Moreno (não encontrei referências sobre a autora na internet) também do Observatório publicado em 11 de junho, no qual faz reflexões sobre a representação da mulher na mídia a partir da 1ª. Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) destacando o discurso de Helena Chagas, secretária de Comunicação Social do Brasil, acerca da “censura” e “controle social da mídia”.
Fonte: http://blogs.sun-sentinel.com/tv/2011/04/lara-logan-relives-assault-in-egypt-on-60-minutes.html
Legenda: Lara Logan, correspondente da CBS ao Egito nas manifestações de 2011 que foi estuprada por manifestantes na praça Tahir. Com novas vitórias, os protestantes novamente cometeram abusos e notícia de uma novos estupros foram divulgadas essa semana, dessa vez a vítima da imprensa foi uma jornalista holandesa (clique aqui).
Fonte: http://mashable.com/2013/07/01/edward-snowden-lingerie-ad/
Legenda: campanha de sutiã/lingerie (essa reforma ortográfica acaba com o hífem mas não acaba com a porra da lingerie!) alemã apelando: "Caro senhor Snowden, ainda há muito o que descobrir", com esse incentivo seria a própria pornografia da política liberal ocidental no intervalo no Jornal Nacional.
Tanto Dines como Moreno ampliam a discussão sobre os protestos, afinal, o que acontece com o mundo?
Penso que, retomando a postagem "Midiofobia - Nós estamos vivendo o resultado de uma série de paradoxos", o processo de ominização tornou-nos seres violento, sobretudo quando em bandos, e a modernidade, representada pelas revoluções liberais do século XVIII nas figuras de Hobbes (curiosamente parido durante a fuga da mãe em meio à invasão da Invencível Armada Espanhola à Inglaterra em 1588, o que lhe rendeu a frase "minha mãe deu a luz a gêmeos: eu e o medo", aliás, invasão essa que pode ser vista como símbolo da ascensão de uma nova era comandada pela Inglaterra liberal sobre a a Península Ibérica, Portugal e Espanha, mercantilista/colonial) e Rousseau, estabeleceu a razão como parâmetro à conformaçõ de direitos e deveres políticos.
Legenda: a premiada animação de Simon Bogojevic Narath de 2006, que tem como título "Leviatã", inspirada na obra mais importante de Thomas Hobbes.
É a partir das reflexões de Hobbes e Rousseau que se conformam as bases do Contrato Social, base das política e constituções modernas que eclodirão a seu próprio tempo durante as revoluções liberais: na Inglaterra em 1688, nos EUA em 1776, na França 1789, no Haiti em 1804; em outras palavras, é o fim do Antigo Regime e o início de governos liberais que, transfando e sendo transformados por outras revoluções, essas econômicas, como o surgimento da máquina a vapor para produção em grande escala, criam o Capitalismo Industrial.
Em poucas palavras: esse sistema econômico capitalista, e sobretudo, esse sistema político democrático, como existem hoje estão extremamente desgastados, me arrisco a dizer que os protestos que são representados na capa da revista The Economist são o equivalente político democrático ao que foi a Crise de 1929 para a economia capitalista
Fonte: http://selvasp.com/
Legenda: início das manifestações, quarto dia
Fonte: http://selvasp.com/
Legenda: início das manifestações, quarto dia
Continua...
Data: 11 de junho de 2013
Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_historia_ainda_nao_foi_contada_falta_o_narrador
Data: 2 de julho de 2013
Uma das dificuldades em escrever sobre temas recentes é a profusão de comentários interessantes que aparecem, por exemplo, li o comentário de Alberto Dines no Observatório da Imprensa (clique aqui) e se pudesse voltaria atrás, iniciando a série de postagens com isso: "A história ainda não foi contada, falta o narrador". Me lembro de quando criança de assistir ao Observatório da Imprensa na TV Cultura, não sei se ainda existe na grade de programação, mas vale a pena visualizar o site semanalmente.
Em seu artigo, Dines aponta a dificuldade da imprensa em se tornar narrador dos protestos que vem ocorrendo no Brasil há um mês, afirmando que ainda falta quem narre o processo e dá indícios, e esse é o meu maior interesse, de que esse processo é muito maior do que as dimensões continentais da pátria tupiniquim ao citar a capa da revista The Economist.
Fonte: http://arch13.goldtent.org/?p=265798
Legenda: capa do último número da revista The Economist. No artigo de Dines: "Marianne (símbolo da República Francesa marcando a revolução de 1848), um hippie americano segurando um coquetel molotov e um ramo de flores (os protestos mundiais de 1968), o operário polonês Lech Walesa (representando o desabamento do império soviético em 1989) e, em 2013, uma jovem de jeans com um celular na mão tendo ao fundo as rebeliões no Cairo, Istambul e Rio"
Como narradora e participante do process, a mídia, segundo Dines não consegue dar conta de ambas funções, o que levou a outro artigo também no Observatório da Imprensa,escrito por Por Luciano Martins Costa em 18 de junho no qual afirma "A imprensa no limite" (clique aqui), no quaal recorre a uma metáfora bastante interessante para explicar o papel da mídia nos protestos: " O Estado de S. Paulo concluiu que o alvo dos protestos são os políticos. O Globo quase se transforma num panfleto dos manifestantes ao anunciar: “Um país que se mexe – o Brasil nas ruas”. A Folha de S. Paulo ensaia uma síntese perigosa e irresponsável ao afirmar que milhares vão às ruas “contra tudo”. [grifo meu: a Veja da última semana procura desqualificar o movimento através da reportagem das páginas amarelas com Maycon Freitas, veja aqui e aqui). Como na história indiana sobre os três cegos que tentam definir o que é o elefante, cada jornal apanha uma pata, um ventre, uma tromba e tenta descrever o todo por uma parte. A imprensa chegou ao limite de sua capacidade de interpretação – e costuma temer aquilo que não consegue decifrar."
Outro artigo que, junto com o Dines, apresenta reflexões sobre o aspecto global dessas propostas é o de Rachel Moreno (não encontrei referências sobre a autora na internet) também do Observatório publicado em 11 de junho, no qual faz reflexões sobre a representação da mulher na mídia a partir da 1ª. Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) destacando o discurso de Helena Chagas, secretária de Comunicação Social do Brasil, acerca da “censura” e “controle social da mídia”.
Fonte: http://blogs.sun-sentinel.com/tv/2011/04/lara-logan-relives-assault-in-egypt-on-60-minutes.html
Legenda: Lara Logan, correspondente da CBS ao Egito nas manifestações de 2011 que foi estuprada por manifestantes na praça Tahir. Com novas vitórias, os protestantes novamente cometeram abusos e notícia de uma novos estupros foram divulgadas essa semana, dessa vez a vítima da imprensa foi uma jornalista holandesa (clique aqui).
Fonte: http://mashable.com/2013/07/01/edward-snowden-lingerie-ad/
Legenda: campanha de sutiã/lingerie (essa reforma ortográfica acaba com o hífem mas não acaba com a porra da lingerie!) alemã apelando: "Caro senhor Snowden, ainda há muito o que descobrir", com esse incentivo seria a própria pornografia da política liberal ocidental no intervalo no Jornal Nacional.
Tanto Dines como Moreno ampliam a discussão sobre os protestos, afinal, o que acontece com o mundo?
Penso que, retomando a postagem "Midiofobia - Nós estamos vivendo o resultado de uma série de paradoxos", o processo de ominização tornou-nos seres violento, sobretudo quando em bandos, e a modernidade, representada pelas revoluções liberais do século XVIII nas figuras de Hobbes (curiosamente parido durante a fuga da mãe em meio à invasão da Invencível Armada Espanhola à Inglaterra em 1588, o que lhe rendeu a frase "minha mãe deu a luz a gêmeos: eu e o medo", aliás, invasão essa que pode ser vista como símbolo da ascensão de uma nova era comandada pela Inglaterra liberal sobre a a Península Ibérica, Portugal e Espanha, mercantilista/colonial) e Rousseau, estabeleceu a razão como parâmetro à conformaçõ de direitos e deveres políticos.
É a partir das reflexões de Hobbes e Rousseau que se conformam as bases do Contrato Social, base das política e constituções modernas que eclodirão a seu próprio tempo durante as revoluções liberais: na Inglaterra em 1688, nos EUA em 1776, na França 1789, no Haiti em 1804; em outras palavras, é o fim do Antigo Regime e o início de governos liberais que, transfando e sendo transformados por outras revoluções, essas econômicas, como o surgimento da máquina a vapor para produção em grande escala, criam o Capitalismo Industrial.
Em poucas palavras: esse sistema econômico capitalista, e sobretudo, esse sistema político democrático, como existem hoje estão extremamente desgastados, me arrisco a dizer que os protestos que são representados na capa da revista The Economist são o equivalente político democrático ao que foi a Crise de 1929 para a economia capitalista
Fonte: http://selvasp.com/
Legenda: início das manifestações, quarto dia
Fonte: http://selvasp.com/
Legenda: início das manifestações, quarto dia
Continua...






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